Dengue é tema de treinamento para médicos e enfermeiros

Médicos e enfermeiros da rede pública de saúde e médicos da rede particular estão participando entre ontem, quarta (19) e hoje, quinta-feira (20), no auditório da Secretaria da Saúde, de uma capacitação sobre atendimento de pacientes com dengue. De acordo com a médica da Vigilância Epidemiológica, Jussara Titato, o treinamento mostra um novo olhar sobre a doença.

A médica ressalta que estão surgindo novas discussões sobre a doença e que os profissionais estão recebendo orientações sobre como realizar a abordagem: “A doença é muito dinâmica, por isso a preocupação principal é que, a partir da entrada do paciente no serviço de saúde, ele seja visto como um portador de dengue”.

A intenção, com a medida, é evitar que haja mortes por dengue. Para isso os profissionais estão sendo orientados a realizar, imediatamente à entrada do paciente, realizar a prova do laço para fazer a triagem que determinará quem deve ficar em observação e quem pode ser liberado. A orientação também se refere sobre o momento de pedir os exames, sobre a importância da hidratação do paciente e a medicação que deve ser ministrada, assim como a importância da atenção aos sinais de alarme de piora clínica do paciente: “A dengue clássica e a hemorrágica têm os mesmos sintomas iniciais, portanto é preciso que todos – pacientes e profissionais da saúde – pensem em dengue”. Os principais sintomas da dengue são febre, dor de cabeça, dor no corpo e dor retro-orbital. Pode também apresentar dor nas juntas e manchas vermelhas pelo corpo. Na presença dos sintomas é necessário procurar um serviço de saúde e evitar o uso de medicamentos à base de ácido acetil salicílico, como aspirina, AAS e melhoral. Também é recomendável ingerir líquidos em abundância.

Jussara destaca que outra abordagem do treinamento se refere à notificação dos casos confirmados, que deve ser imediata: “Isso é necessário para que a Vigilância Ambiental faça o bloqueio da área onde o caso ocorreu, evitando novas contaminações.”

PREVENÇÃO

Mesmo com as capacitações oferecidas aos profissionais de saúde, prevenir a infestação do mosquito Aedes aegypti é a melhor maneira de combater a dengue. Para prevenir a incidência, basta tomar algumas medidas básicas:

• Pneus que não estiverem sendo usados precisam permanecer secos e em local coberto, abrigado de chuva. Muros com cacos de vidro que possam acumular água devem ficar cheios de areia.

• Pequenos objetos, como tampinhas de garrafas, cascas de ovo, embalagens plásticas, copos descartáveis, por menor que sejam e que possam acumular água, assim como latas, garrafas, potes e outros recipientes sem uso, devem ser jogados no lixo e não em quintais e terrenos baldios. • Latões, poços, cisternas, caixas d’água e outros depósitos de água para ser consumida têm que ficar fechados. Os que não têm tampa própria devem ser vedados com tela fina.

• Plantas que precisam ser cultivadas em jarros com água devem ser evitadas. As plantadas em vasos com terra precisam ter areia nos pratos dos vasos de plantas. Bromélias e outras plantas que acumulam água devem ser verificadas diariamente, pois podem tornar-se criadouros de mosquitos.

• Piscinas têm que ser tratadas com cloro e ser limpas pelo menos uma vez por semana. Em caso de não serem usadas, devem permanecer cobertas ou vazias.

• Reservatórios de água externos de geladeira, bandejas de ar condicionado e suportes de garrafão de água mineral devem ser lavados com bucha. Assim também deve ser o procedimento com vasilhames para água de animais domésticos, pelo menos duas vezes por semana.

• As lajes devem ser mantidas limpas e secas, assim como as calhas, que devem ser desentupidas para facilitar o escoamento da água.

• Lagos, cascatas e espelho d’água decorativos também precisam ser mantidos limpos. A água deve ser tratada com cloro.

• Ralos de cozinha, banheiro, sauna e ducha, devem permanecer desentupidos. Se não forem usados devem ser mantidos fechados, assim como a tampa dos vasos sanitários sempre fechadas. Em banheiros pouco usados a descarga deve ser dada uma vez por semana.

• Em cemitérios colocar terra ou areia nas floreiras e jardineiras.

Serviço:

Informações com a médica da Vigilância Sanitária, Jussara Titato, pelo telefone 3218-3138.