ECONOMIA

13º salário: Não se empolgue, janeiro é mês de pagar impostos

O fim do ano é certamente um período de mais gastos do que em outras épocas. São as compras de Natal, decoração, ceia, viagens de fim de ano... e o 13º Salário é um dinheiro extra muito esperado para cobrir esses gastos.

O que não se pode esquecer é que janeiro também é um mês de despesas atípicas - e, ao contrário das de fim de ano, não podem ser administradas ou diminuídas: devem ser pagos em janeiro ou fevereiro, sem muita chance de negociar os valores.

As despesas de início de ano mais significativas, segundo Doralúcia Alves Cordeiro, sócia da Assessor e Bordin Consultores, são o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). ''O IPVA de um veículo 2002 1.0 sai em torno de R$ 800'', exemplifica ela. E o imposto, afirma, deve ser pago em janeiro. ''Mesmo que for parcelado, a primeira parcela deve ser quitada em janeiro'', explica ela, que não acredita que o pagamento à vista é muito vantajosa. ''O desconto é baixo.''

Para o IPTU vale o mesmo: ele pode ser pago em parcela única, ou dividido em até dez vezes, mas em qualquer hipótese deve começar a ser pago entre janeiro e março, segundo Doralúcia.

Isso sem falar nas possíveis dívidas de fim de ano. ''Quem parcelar as compras de Natal terá prestações a pagar em janeiro ou fevereiro'', lembra ela.

Pais devem se lembrar, ainda, das despesas do início do ano escolar, como material ou uniformes. ''A pesquisa de preços começa normalmente em janeiro ou fevereiro, e esses não são gastos comuns: eles aparecem apenas nessa época do ano, e são significativos'', afirma.

Por isso ela recomenda: se for possível, guarde uma parcela do 13º Salário para garantir o pagamento dessas despesas que, se não são comuns, pelo menos são totalmente previsíveis. ''A não ser que se tenha dívidas, que devem ser quitadas urgentemente, guardar o salário extra para as despesas de janeiro é a atitude mais recomendável.''

Folha de Londrina