MEIO AMBIENTE

Prefeitura começa a reflorestar nascentes de córregos

A Secretaria de Meio Ambiente de Maringá (Semaa) iniciou hoje, no córrego Nazaré, o maior projeto de reflorestamento de nascentes do município. Serão plantadas 80 mil mudas de espécies nativas ao redor das minas de água que abastecem oito córregos da zona norte da cidade.

Todos eles deságuam no Rio Pirapó, principal abastecedouro de Maringá. Cada área vai ser reflorestada a partir de um projeto pensado para proteger as minas e recompor a biodiversidade local. Para isso estão sendo plantadas mudas de 30 espécies da flora regional incluindo frutíferas silvestres como araçá, goiaba, jabuticaba e gabiroba e floríferas, que servem de alimento para pássaros e insetos. “A proposta é recompor a mata e criar corredores de biodiversidade onde pássaros, borboletas, abelhas e outros insetos encontrem abrigo e condições para se alimentar e se reproduzir”, explica o agrônomo Hudson Branco, da secretaria Municipal de meio Ambiente.

A previsão é reflorestar oito áreas de minas em 90 dias de trabalho. A prefeitura conta com a parceria de seis empresas que estão custeando a mão-obra de nove trabalhadores contratados para abrir as covas e plantar as mudas. Os projetos de reflorestamento, as mudas e a coordenação dos trabalhos são da Semaa.

Somente a nascente do Nazaré receberá 2,8 mil mudas. Segundo o secretário José Eudes Januário, o projeto não termina com o plantio. As áreas serão cercadas e as mudas cuidadas e monitoradas com o objetivo de garantir o sucesso do reflorestamento.

De acordo com Hudson Branco não basta plantar, tem que cuidar da muda com irrigação e roçadas periódicas. “Os reflorestamentos feitos no passado em Maringá não vingaram porque não houve manutenção”, ressalta o agrônomo. Serão reflorestadas nascentes de áreas públicas e particulares. No caso das particulares, os respectivos donos assumiram oficialmente o compromisso de cercar a faixa de preservação e cuidar das mudas plantadas pela Prefeitura. Proprietário que não cumprir sua parte no acordo, deixando morrer as plantas, terá que ressarcir o município.
PMM