CIDADE

Violência que cresce a cada dia

Houve um tempo que a cidade de Maringá se orgulhava de sua vida pacata e segura.

Hoje o que vemos é uma mudança radical nestes aspectos que marcaram o cotidiano da cidade. As noites tranqüilas regadas a conversas com vizinhos nas varandas das casas deram lugar aos hostis muros altos com cerca elétrica. As notícias cada vez mais desalentadoras em jornais, internet e rádio confirmam que a criminalidade aumentou de maneira assustadora e que as pessoas não têm mais segurança ao sair às ruas. Um dos casos de maior repercursão na cidade nos últimos tempos foi o assassinato do estudante de medicina Tiago Franchini, filho da secretária municipal de Assistência Social e Cidadania, Sandra Franchini. Ele saiu de um bar e foi morto a tiros por causa do carro, um Golf em que seria vendido para compara drogas.

Os crimes geralmente acontecem entre as 19 horas e meia-noite, principalmente nos finais de semanas e se concentram mais na zona norte da cidade de Maringá, segundo uma pesquisa feita pelo jornal O Diário do Norte do Paraná.

As principais causas para a criminalidade são: brigas de rua e em bares, acerto de contas envolvendo drogas e brigas familiares como ao do pai aposentado Sebastião Alves, 65 anos, que esfaqueou o próprio filho, Valter Alves, 44 anos, depois que os dois beberam um litro de pinga juntos.

A falta de respeito pelo próximo está clara, a vida não tem valor diante da criminalidade que muitas vezes sai impune como do adolescente de 17 anos que invadiu uma festa e matou uma mulher com quatro tiros na frente do seu filho para quem era a festa em Sarandi. O menor continua solto depois de ter se apresentado na delegacia na presença de um advogado. E as pessoas cada vez mais presas e inseguras dentro de suas casas com medo de sair e não voltar mais.

Uma enquete feita pelo Maringá. Com mostra que para os internautas a principal causa da criminalidade é a publicidade que Maringá é uma cidade segura com 28%. Já para 22% a falta de policiamento leva a cidade a ficar sem segurança.

E com todos estes fatos, a população fica cada vez mais amedrontada e insegura quanto a sua suposta liberdade. A vida tornou-se algo sem valor.

Liziane Neu