Alunos dos Centros Municipais de Educação Infantil e escolas municipais de Maringá estão tendo a oportunidade de aprender de um jeito novo e convidativo. São projetos implantados pela Prefeitura, por meio da Secretaria da Educação (Seduc), desde o início da atual administração. O objetivo é trazer na prática as teorias aplicadas em salas de aula. Trabalhar conteúdos variados é o intuito pedagógico destes programas da Educação. Disponibilizados por um grupo de Informática, os Projetos Positivo e Lego estão levando além do conteúdo escolar, agregação de valores e inclusão digital aos pequenos estudantes. Mesas de alfabeto, por exemplo, trabalham o código linguístico e formação das palavras. Trata-se de uma maneira complementar do aprendizado, ampliando os estudos nos laboratórios de computação.Desenvolver o raciocínioOutras matérias, segundo o coordenador pedagógico de Informática da Secretaria da Educação, Erick Rodrigo Bucioli, são enfocadas como matemática e raciocínio lógico, jogos de xadrez, enciclopédia e oficinas que explicam os diferentes estilos de texto, além de incentivar os alunos à produção de textos nos softwares dos programas citados.O acesso aos projetos se encaixa à necessidade de cada escola. “Cada orientador tem autonomia para decidir de acordo com a demanda de alunos”, esclarece. Uma mesa de alfabeto periférico, acoplada ao computador e vários cubos de letras do alfabeto compõem um dos projetos. “A função do computador é interagir a criança com o computador e suas linguagens, assim como corrigi-las”, ensina o coordenador.AceitaçãoA intenção da gestão atual é levar o projeto a todas as escolas. “O projeto teve boa aceitação entre os professores e os alunos”, avalia o coordenador de Informática. O projeto Lego, por exemplo, oportuniza a criança a ser construtora, organizadora, relatora e expositora perante o público da sala de aula em relação ao que foi proposto nos trabalhos em grupos.
Conceitos de física, mecânica, conteúdos de moradia e meios de transportes, por exemplo, podem ser trabalhados no Lego. “As crianças contextualizam na tecnologia virtual e real matérias referentes às disciplinas educacionais”, explica.A aceitação do projeto perante os alunos do Centro Municipal de Educação Infantil Olga Aiubi Ferreira, no bairro Requião, foi pra lá de especial. Todos da primeira-série, num total de 26 alunos, unidos nos propósitos, em rodízio, que culminam na construção, apresentação, organização e exposição de um objeto seja meio de transporte, uma casa, entre outros tipos de brinquedos como solicita a cartilha do Programa Lego. O estudante Mairon Lorenzo Dórnelas Hayden, 6 anos, diz que a aula é muito prazerosa. “A gente aprende a montar e fazer projetos. A professora depois deixa a gente fazer o que mais gosta, que é brincar”, avalia. Para os alunos, todas as funções são legais, até porque existe um rodízio entre as funções. Aline Karolaine Rosados Santos, 6 anos, aluna da mesma séria, também concorda com o colega. “Ficamos montando, analisando e descobrindo formas de aprender. A gente se diverte bastante”, elogia.AvaliaçãoPara a professora do Ensino Fundamental, Izabel Barbeta, o mais importante é enaltecer o trabalho em grupo. “Os alunos desenvolvem habilidades com as diferentes funções. É ótimo observar que eles não têm vergonha de falar o que foi feito em público, quando na função de expositor”, comenta Izabel, que ao fazer o curso de capacitação, teve um certo receio, pois não conseguiu montar na primeira vez. Ao contrário da 'pitizada', que consegue decifrar o projeto já na primeira vez. “Eles são incríveis”, espanta-se.Aprender conceitos de física e mecânica é uma das ferramentas propostas, através de peças do brinquedo Lego denominadas de polias e engrenagens. “As crianças aprendem conceitos tecnológicos ao dividir as funções. Desde cedo, aprendem a trabalhar em grupo. É surpreendente porque os alunos não apresentam dificuldades”, argumenta a orientadora do Projeto, Fernanda Martins.