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Professores da UEM treinarão professores de Cuba

Docentes das universidades Estadual de Maringá (UEM) e da Federal do Paraná (UFPR) vão treinar professores de oontologia de Cuba na construção de prótese dentária.

Esse trabalho faz parte de um acordo bilateral de cooperação entre os governos brasileiro e cubano.

Embora o país presidido por Fidel Castro tenha nos serviços de saúde um dos seus principais motivos de orgulho, no caso das próteses dentárias, eles não dominam as técnicas mais modernas.

O professor da UFPR e coordenador desse programa, Sávio Moreira da Silva, esteve em Cuba com representantes do Ministério da Saúde do Brasil para elaborar a agenda do programa.

Moreira da Silva seguirá novamente para Cuba em junho, acompanhado pelo professor Eduardo Kurihara, da UEM, para a primeira parte prática do programa.

O coordenador explicou que num primeiro momento serão abordados temas para a melhoria da qualidade do serviço de

prótese total nas clínicas de atendimento odontológico, tendo como referência um recente modelo proposto pela Escola Técnica da UFPR para a implantação do serviço de prótese no município de Curitiba.

''A UFPR e Curitiba mantém juntos um convênio que possibilita o atendimento gratuito à população para o serviço de próteses totais no Centro de Especialidades Odontológicas Sylvio Gevaerd, no Bairro Portão'', esclarece.

''O modelo que implantamos aqui é referência para muitos municípios brasileiros e agora toma importância internacional'', afirma.

Com a ajuda das universidades paranaenses, os cubanos conhecerão uma técnica relativamente simples, mas bastante eficiente na confecção de próteses.

Ela utilizaum forno de microondas caseiro para endurecimento da prótese de resina acrílica.

Em Cuba, eles usam o aquecimento com banho maria.

Embora no Brasil o forno de microondas seja comum em muitas casas, o mesmo não acontece nos lares cubanos.

Lá, o microondas é um item importado e de difícil acesso.

O trabalho em Cuba contará com recursos dos dois países envolvendo atuação conjunta dos Ministérios das Relações Exteriores e dos Ministérios da Saúde do Brasil e de Cuba.

O primeiro curso - em junho - terá a duração de duas

semanas e será dirigido aos professores de Odontologia da Universidade de Havana.

Será atendido um professor de cada província, que passará a atuar como disseminador do conteúdo aprendido tanto para os demais professores quanto para os próprios alunos da universidade.

''A estrutura cubana de ensino é diferente da estrutura brasileira'', explica Sávio.

''Eles têm um curso básico de Ciências da Saúde e depois aprendem as especialidades trabalhando nos centros de saúde espalhados por todo o País.

Por isso o atendimento aos professores que atuam em cada uma das Províncias.''

Moreira da Silva lembra que embora referência no que diz respeito ao atendimento primário, Cuba ainda é muito deficiente no atendimento especializado em virtude do

embargo econômico que acaba por dificultar o acesso às tecnologias mais recentes.

''Vamos mostrar uma forma simples, barata e fácil de produzir próteses duradouras e de qualidade'', garante.

A UFPR e a UEM são consideradas pelo Ministério da Saúde como duas das principais referências na produção de próteses dentárias no País.