Dicas de como manter as crianças longe das telas durante as férias escolares
Período deve ser aproveitado com brincadeiras e criatividade para criação de memórias e desenvolvimento saudável, afirmam especialistas.

As férias escolares chegaram, e com elas o desafio para muitos pais: como conciliar trabalho, rotina doméstica e o cuidado com os filhos em casa?
Para grande parte das famílias, a solução imediata acaba sendo recorrer às telas, celulares, tablets e videogames, que viram verdadeiras “babás digitais” durante o recesso.
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Mas será que esse é o melhor caminho? Especialistas do Centro Universitário Internacional (UNINTER) alertam que as férias podem e devem ser uma oportunidade única para o desenvolvimento integral das crianças, longe do excesso de tecnologia.
Sheron Mendes, bióloga, especialista em Neurociência do Comportamento e professora de pós-graduação em Educação na UNINTER, explica que a infância não deve ser terceirizada às telas.
"Antes de entregar o celular ou ligar a TV, vale perguntar: que memórias desejo que meu filho leve destas férias?", diz Sheron.
Estudos recentes mostram que a hiperexposição digital está associada ao aumento de sintomas de depressão, ansiedade, insatisfação e menor resiliência emocional. Para Sheron, o cérebro infantil precisa de desafios reais: subir em árvores, explorar parques, fazer trilhas ou brincar livremente em casa.
Atividades que envolvem movimento, socialização e criatividade estimulam as chamadas funções executivas, memória de trabalho, controle inibitório e flexibilidade cognitiva, que são fundamentais para o desenvolvimento emocional e intelectual.
Já Edna Gambôa Chimenes, graduada em Letras, Pedagogia e Tecnologia em Comunicação Institucional, mestre em Estudos de Linguagens e tutora de pós-graduação na área de Comunicação da UNINTER, defende que as férias são um momento privilegiado para resgatar brincadeiras antigas, fortalecer laços e estimular a imaginação.
"As férias são uma chance única de conexão verdadeira. Mais do que uma pausa nos estudos, esse é um tempo de crescimento, alegria e fortalecimento dos laços familiares", complementa Edna.
Brincadeiras como mímica, telefone sem fio, jogos de tabuleiro, além de atividades manuais, como criar instrumentos musicais com materiais recicláveis ou montar peças de teatro, são excelentes alternativas. Segundo Edna, essas atividades não apenas divertem, mas também promovem expressão emocional e aprendizado de forma lúdica e afetiva.
Para as especialistas, as férias vão muito além de um simples descanso ou passatempo. São uma oportunidade para a criança desenvolver autonomia, criatividade e habilidades sociais, além de construir memórias afetivas que ficarão para toda a vida. Mais do que limitar o tempo de tela, é essencial oferecer experiências reais e significativas.