UEM terá projeto de literatura para cumprimento de penas alternativas; entenda
“Leitura e Liberdade” será desenvolvido no Complexo Social do Departamento de Polícia Penal de Maringá.

A Vara de Execuções Penais, Medidas Alternativas e Corregedoria dos Presídios (VEP) de Maringá regulamentou o projeto “Literatura e Liberdade”, que visa oferecer a leitura literária como forma de cumprimento de pena da Prestação de Serviço à Comunidade.
O projeto, que surgiu como uma alternativa à prisão, é direcionado para pessoas em cumprimento de medidas penais e será acompanhado pela Central Integrada de Alternativas Penais (CIAP), que registrará nos autos de execução penal as horas de prestação de serviços à comunidade cumpridas por cada participante.
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Sediada no Complexo Social do Departamento de Polícia Penal (Deppen) de Maringá, a iniciativa conta com a parceria da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e da CIAP.
“Tivemos algumas reuniões com professores da Faculdade de Letras da UEM e, agora, a Portaria foi regulamentada como seria a contabilização das horas para abatimento da prestação de serviços à comunidade. O Complexo Social é quem controla isso e depois faz o lançamento das horas cumpridas”, explica o juiz titular da VEP de Maringá, Fábio Bergamin Capela.
O objetivo do projeto se baseia na democratização do acesso à leitura literária, além de incentivá-la como prática social educativa, passível de ser tomada como atividade alternativa para cumprimento da Prestação de Serviço à Comunidade.
“É muito importante um projeto no qual os reeducandos sejam estimulados a realizar leituras, bem como tenham um ambiente adequado, coordenado por profissionais, para discutirem as obras selecionadas. Muitos deles serão inseridos neste mundo da leitura pela primeira vez. Espero que tenhamos bons frutos", finalizou Fábio Bergamin Capela.
Um dos idealizadores do projeto e professor dos cursos de Letras e Artes Cênicas da Universidade, Ricardo Augusto de Lima celebra o caráter humanizador da literatura e a receptividade dos participantes nos encontros.
“Esperávamos um grupo mais tímido e fechado, mas encontramos pessoas abertas ao diálogo e à leitura literária – em muitos casos, pela primeira vez”, afirma o professor.