A história de Mike, o frango sem cabeça; veja fotos
Animal decapitado sobreviveu 18 meses e é celebrado anualmente em festival nos Estados Unidos.

Em 1945, um conjunto de fatores anatômicos e um pouco de sorte resultaram em uma história inusitada — e lucrativa — que marcou a história da cidade americana Fruita, no Colorado, Estados Unidos.
Era um dia comum de trabalho para os fazendeiros Lloyd Olsen, e sua esposa, Clara, até que a vida do casal se transformou completamente quando, entre as dezenas de galinhas decapitadas e depenadas durante o dia, um frango permaneceu vivo, andando e batendo as asas.

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Não foram minutos nem dias, mas sim 18 meses de sobrevida para o animal. O caso improvável do frango decapitado, que recebeu o nome de Mike, ganhou a atenção dos moradores da região e passou a ser um negócio lucrativo para a família Olsen.

No início, o fazendeiro apostava que tinha uma galinha viva sem cabeça em troca de cervejas e quaisquer outros bens. O caso repercutiu rapidamente e, em poucas semanas, a família Olsen deu início a uma turnê nacional de sucesso com Mike.
Para ver o animal com vida e sem cabeça, era cobrado cerca de R$ 25 dos visitantes. O maior público registrado em um único dia foi de 600 pessoas.

A explicação do inexplicável
Ao decapitar um frango é comum que o animal se mantenha em movimento por alguns minutos. Os reflexos são uma resposta automática do sistema nervoso ao trauma.
No excepcional caso de Mike, uma junção de fatores com toque de sorte foram os motivos para que ele continuasse vivo.
Em entrevista à BBC Magazine, especialistas explicam que o golpe do fazendeiro na cabeça do frango acertou um ângulo específico que manteve a veia jugular, parte da orelha, esôfago, vias aéreas e parte do cérebro intactas. Coincidentemente a região preservada era responsável por funções vitais como digestão e respiração.

Além disso, o animal só não sangrou até morrer devido a um coágulo milimetricamente bem posicionado na artéria rompida.
Apesar de estar vivo, a sobrevivência de Mike não era simples. A família Olsen relata que era necessário o uso de conta-gotas para pingar comida líquida e água diretamente no esôfago exposto do animal. Eles também realizavam a constante limpeza do muco acumulado na garganta com o auxílio de uma seringa.

Mike morreu apenas 18 meses depois de ser decapitado, no dia 17 de março de 1947. A causa da morte foi sufocamento pelo muco da garganta durante uma viagem da turnê. O casal relata que havia esquecido a seringa de limpeza no hotel de outra cidade. Era o fim da galinha sem cabeça de ouro.
Festival do Frango Sem Cabeça
O improvável caso de Mike fez com que o frango sem cabeça virasse um ícone a ser celebrado na cidade de Fruita. Realizado anualmente em maio, o Headless Chicken Festival (ou “Festival do Frango Sem Cabeça” em tradução literal) reúne música, gastronomia e uma maratona pelas ruas da cidade.


