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Deslocamento de cobertura pode agilizar implantação do Plano Diretor do Novo Centro

O deslocamento de parte da cobertura metálica do prédio da antiga estação rodoviária de Maringá pode antecipar a colocação em prática do Plano Diretor para urbanizar a região denominada Gleba C do Novo Centro.

A urbanização vai abranger 187.795,40 m² e envolverá todo o quadrilátero compreendido entre as avenidas Herval, João Paulino, Duque de Caxias e Tamandaré, incluindo a Praça Raposo Tavares – entre a Rua Joubert de Carvalho e a Avenida Brasil – além das travessas Júlio de Mesquita Filho e Guilherme de Almeida.

A possibilidade de agilização do processo de implantação do projeto foi anunciada pelo coordenador de Políticas Urbanas e de Meio Ambiente da Prefeitura de Maringá, Guatassara Boeira, enquanto acompanhava os trabalhos para isolamento e escora da área afetada pelo deslocamento da cobertura.

O incidente ocorreu no início da tarde desta sexta-feira (12).

Parte da estrutura metálica da cobertura da área de estacionamento de ônibus intermunicipais cedeu na altura da esquina da Rua Joubert de Carvalho com a Travessa Júlio de Mesquita Filho.

Entre as prováveis causas do deslocamento está a fadiga do material e corrosão de parafusos, fazendo com que um dos quatro pilares de sustentação da cobertura metálica entrasse em colapso.

Não houve feridos e nem danos materiais contra terceiros.

Imediatamente, equipes da Prefeitura providenciaram a remoção de pessoas do local e interditaram toda a área da antiga rodoviária, que teve suas 45 lojas fechadas até que não ofereçam riscos para funcionários e usuários do terminal.

O trabalho de desmontagem da estrutura metálica será executado nos próximos dias e, enquanto isso, os ônibus das linhas metropolitanas atenderão os usuários em pontos localizados ao lado da Praça Raposo Tavares e na Avenida Tamandaré.

De acordo com Guatassara Boeira, o estado físico atual da estrutura da antiga rodoviária afetada pelo deslocamento não compensa sua recuperação, assim como o reaproveitamento do prédio.

Segundo o coordenador, a estrutura central do prédio foi construída em 1956 e as alas de cobertura metálica foram anexadas há 25 anos.

“Uma reunião emergencial entre representantes da Prefeitura de Maringá – que detém 55 por cento da área – e de lojistas, que compõem 45 por cento do condomínio, definirá o futuro da construção”, explica.

Boeira afirma que o projeto para implantação do Plano Diretor do Novo Centro encontra-se em fase de estudos de viabilidade técnica e financeira.

“O projeto deverá ser posto em prática por meio do sistema de parceria público-privada e, por isso, deverá receber adequações técnicas no decorrer de sua implantação”, diz.

Com a execução do novo Plano Diretor os terminais de ônibus urbanos e metropolitanos vão ser rebaixados e poderão servir de opção para acomodar, em modernas instalações no subsolo, o comércio que hoje atua naquela área.

“O que se quer é transformar toda a quadra da antiga rodoviária em um espaço dinâmico, moderno e de utilização comercial compatível com uma região central dotada de equipamentos culturais e grande fluxo de pessoas”, declara.

Entre as premissas do Plano Diretor está a construção de dois edifícios comerciais, uma biblioteca pública, um auditório e uma grande cúpula com rotatória na Avenida Horácio Raccanello Filho – sobre a laje do túnel – para servir de referência à estação ferroviária subterrânea, que fará conexão com os terminais de ônibus urbanos e metropolitanos.

O projeto prevê ainda a implantação de um estacionamento em três níveis, com capacidade para duas mil vagas, no subsolo da Praça Raposo Tavares.

O projeto do Plano Diretor Urbano do Novo Centro de Maringá foi elaborado pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Urbano, Planejamento e Habitação (Seduh) e Urbamar para definir as diretrizes que deverão ser respeitadas durante a realização de futuras obras no local.

“Esses empreendimentos, junto às obras complementares do chamado 'Eixo Monumental de Maringá', deverão trazer retorno para os investidores no projeto de urbanização desta importante área da cidade”, observa Boeira, acrescentando que o Eixo Monumental já é contemplado atualmente com as instalações da Universidade Estadual de Maringá, Vila Olímpica, Estádio Regional Willie Davids, Praça Raposo Tavares e a Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória.

Mais informações: 3221-1425 / 3221-1290 (Seduh)