SAÚDE

Você conhece a ‘doença do beijo salgado’? Saiba mais sobre essa enfermidade rara

Segundo a Sociedade de Pediatria de São Paulo, no Brasil, há cerca de cinco mil casos registrados.

Você conhece a ‘doença do beijo salgado’? Saiba mais sobre essa enfermidade rara
A fibrose cística é historicamente conhecida como a “doença do beijo salgado”, devido à maior perda de sal no suor, percebida ao beijar a criança ou ao visualizar cristais de sal, principalmente na testa. - Foto: Reprodução

‘Doença do beijo salgado’ ou ‘mucoviscidose’ são apenas alguns nomes para a fibrose cística (FC), enfermidade genética que, segundo estima a Sociedade de Pediatria de São Paulo, tem cerca de cinco mil casos registrados no Brasil. Embora seja uma doença rara, é considerada uma das mais comuns no país, o que reflete a importância do Setembro Roxo, para promover informações sobre o tema.

A fibrose cística é historicamente conhecida como a “doença do beijo salgado”, devido à maior perda de sal no suor, percebida ao beijar a criança ou ao visualizar cristais de sal, principalmente na testa. A doença é genética e afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo.

De acordo com o Ministério da Saúde, a FC ocorre quando um gene defeituoso (e a proteína produzida por ele) faz com que o corpo gere 30 a 60 vezes mais muco que o normal, aumentando o risco de acúmulos de bactérias nas vias respiratórias, inchaço e infecções como pneumonia e bronquite. Estima-se que 70 mil pessoas no mundo vivem com a condição.

Além da pele e suor de sabor muito salgado, outros sintomas comuns para a doença são tosse persistente, infecções pulmonares frequentes, chiados no peito, baixo crescimento ou pouco ganho de peso e diarreia, dentre outros.

Embora não tenha cura, é importante que a fibrose cística seja diagnosticada precocemente para que os sintomas sejam tratados desde o início. A principal forma de identificar a existência da condição é o conhecido 'Teste do Pezinho', realizado a partir das 48h de vida do recém-nascido até 30 dias após o nascimento.

"A análise é realizada através da coleta de sangue em papel filtro coletado do calcanhar da criança. Daí veio o nome de teste do pezinho. O exame pode detectar de 12 a mais de 100 doenças, dependendo da versão escolhida e por solicitação do médico", explica a bioquímica e coordenadora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Luciana Figueira.

Procedimento

De acordo com a profissional, quando o Teste do Pezinho dá positivo para fibrose cística, o laboratório realiza exames adicionais para confirmar o diagnóstico. “No caso da fibrose cística, a Pesquisa da Mutação Delta e o Painel de 16 Mutações são os exames complementares que auxiliam o médico a fechar o diagnóstico”, comenta.

O Teste do Pezinho pode ser encontrado na rede pública para identificação de até 50 doenças, incluindo a fibrose cística. Já na rede privada, além de poder rastrear mais de 100 doenças, conta ainda com outras vantagens, como o atendimento remoto.

Grupo Sabin