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Cartórios do Paraná registram 20% mais óbitos; número é maior que o patamar anterior à pandemia
Em 2022, as mortes relacionadas a doenças respiratórias e do coração aumentaram.
Um levantamento feito pelo Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen) junto aos Cartórios de Registro Civil do estado aponta que o número de mortes em 2022 é quase 20% maior que o computado em 2019. Esse crescimento médio anual de óbitos é 15 vezes maior que o número registrado antes da pandemia de Covid-19. Os dados estão disponíveis no Portal de Transparência do Registro Civil.
Entre janeiro e outubro deste ano, 74.918 óbitos foram registrados. Quando comparado aos números dos anos em que a pandemia esteve no auge no Brasil, há uma redução de 22% em relação a 2021, que totalizou 96.148 mortes e 13% em 2020, quando o número de óbitos no mesmo período foi de 66.253.
Outro dado que chama a atenção é quando comparado à média de evolução de mortes ano a ano no Paraná, quando a média variou em apenas 1,25% entre os anos de 2010 e 2019. A maior variação aconteceu em 2016, quando o crescimento registrado foi de 6,9%. Com exceção de 2021, ano de auge da pandemia no Brasil, o número alto de mortes neste ano sugere que ainda podem haver fatores impactantes na saúde relacionados ao coronavírus.
Com a pandemia mais controlada e ampla cobertura vacinal, a covid-19 deixou a liderança do ranking de mortes por doenças no Paraná. A queda, entre janeiro e outubro de 2022, foi de 88%, quando comparada com o mesmo período do ano passado. Em 2021, 31.764 mortes foram registradas com o coronavírus como causa, frente a 3.775 neste ano.
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No entanto, outras doenças tiveram crescimento no Estado, inclusive algumas relacionadas à sequelas da doença. O número de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) teve um salto de 185% nos registros de óbitos entre 2019 e 2022.
O número de mortes causadas por pneumonia também aumentou 45% em relação ao ano passado, assim como os causados por septicemia (infecção generalizada). De janeiro a outubro deste ano foram computadas 7.655 mortes, um aumento de 12,3 % em relação a 2019.
Outro dado analisado pelo levantamento é o de óbitos por doenças do coração. O crescimento em 2022 foi de 56,1% de mortes por causas cardiovasculares inespecíficas em relação ao mesmo período de 2019, com um total de 5.438 óbitos frente a 3.484.
