JUSTIÇA

Sentença do júri para o Caso Sevilha deve sair até quinta-feira (20)

Julgamento teve início no dia 5 de outubro, 17 anos após o assassinato do auditor da Receita Federal em Maringá.

Sentença do júri para o Caso Sevilha deve sair até quinta-feira (20)
Em 2005, no dia 25 de setembro, o auditor-fiscal da Receita Federal José Antônio Sevilha foi assassinado com quatro tiros à queima roupa em Maringá. - Foto: Divulgação

Após 15 dias de julgamento, a sentença do júri para o Caso Sevilha deve ser anunciada até esta quinta-feira (20). Os réus respondem pelo assassinato de José Antônio Sevilha, auditor-fiscal da Receita Fedeal, morto a tiros em frente à casa de sua mãe, em Maringá, no dia 25 de setembro de 2005.

Os três acusados de homicídio qualificado são os últimos a serem ouvidos antes do debate entre a acusação e a defesa para definir a sentença.

O primeiro a depor foi Fernando Ranea da Costa, acusado de ter assassinado Sevilha. Depois, foi a vez de Marcos Gottlieb, proprietário da empresa autuada e acusado de ser o mandante do crime. O terceiro réu é o advogado Moacyr Macedo Maurício, suspeito de ter facilitado a ação do crime.

RELEMBRE O CASO — Em 2005, no dia 25 de setembro, o auditor-fiscal da Receita Federal José Antônio Sevilha foi assassinado com quatro tiros à queima roupa em Maringá. O possível mandante do crime foi identificado pela Polícia Civil como o empresário Marcos Gottlieb, dono da Gemini, empresa de importação de brinquedos que foi autuada no valor de R$ 100 milhões.

Na investigação realizada por Sevilha, a empresa Gemini trazia os brinquedos ao país pelo Porto de Paranaguá, usufruindo de benefícios fiscais, e seguiam para as distribuidoras do grupo em Barueri. A movimentação trazia indícios de fraude e subfaturamento nas importações.

Mesmo com o inquérito feito pela Polícia Federal, que trazia não apenas o nome do suposto mandante, mas também de outras quatro pessoas possivelmente envolvidas no crime, a defesa conseguiu adiar a apreciação e não houve julgamento até agosto de 2019. 

Desde maio de 2019 Fernando Ranea, um dos acusados pela morte de Sevilha, e o empresário Marcos Gottlieb foram presos preventivamente, devido ao risco de fuga. No entanto, desde dezembro de 2020, os dois cumprem a pena em prisão domiciliar.

Maringa.Com