SAÚDE

Região universitária de Maringá acende alerta sobre casos de sífilis

A UBS Zona 7 foi a que mais registrou casos de sífilis, com 15 notificações; ao todo, já são 186 casos confirmados da doença no município.

Região universitária de Maringá acende alerta sobre casos de sífilis
A doença sexualmente transmissível pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios. - Foto: Freepik

A Secretaria de Saúde de Maringá emitiu um alerta à população sobre os cuidados para prevenção da sífilis, infecção bacteriana transmitida por relação sexual sem preservativo com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto. 

A maior incidência de casos de sífilis na cidade é em homens entre 19 e 39 anos, com prevalência de 78,5% dos casos. Nos primeiros seis meses de 2022, Maringá registrou 186 casos da doença, sendo 146 homens e 40 mulheres. No ano passado, Maringá registrou 402 casos de sífilis e em 2020 foram 373.

Conforme levantamento da Vigilância Epidemiológica, a Unidade Básica de Saúde Zona 7, na região universitária da cidade, foi a que mais registrou casos de sífilis, com 15 notificações. Em segundo lugar está a Policlínica Zona Sul, com nove casos da doença e, em terceiro, aparece a Zona 6, também com nove casos. As UBSs Universo e Morangueira registraram sete notificações. Apenas as UBSs Floriano e Céu Azul não registraram casos de sífilis neste ano.

O uso de preservativo é a medida mais importante de prevenção da sífilis. 

“O uso de preservativo impede não só uma gravidez indesejada, mas também doenças sexualmente transmissíveis, como é o caso da sífilis e do HIV. Como a sífilis primária é mais discreta, com o surgimento de úlceras ou feridas que acabam por desaparecer posteriormente, as pessoas acabam não procurando atendimento médico. É muito importante que a população esteja atenta a qualquer sinal, principalmente se este surgir após a relação sexual sem proteção”, explica a gerente de epidemiologia, Maria Paula Botelho. 

DOENÇA SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEL E CONGÊNITA — A sífilis pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (primário, secundário e terciário). 

sífilis primária, consiste em pequenas feridas nos órgãos genitais que podem desaparecer de forma espontânea, além de gânglios e ínguas na região da virilha. A secundária faz com que manchas vermelhas apareçam na pele, na mucosa da boca, nas palmas das mãos e também nos pés, além de febre, dor de cabeça, mal-estar e linfonodos espalhados pelo corpo. 

Já a sífilis terciária compromete o sistema nervoso central e o sistema cardiovascular, causando inflamação da aorta, além de lesões na pele e ossos. 

No caso de gestantes, a infecção por sífilis pode colocar em risco a saúde da mulher e, além disso, pode ser transmitida para o bebê. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal pode prevenir a sífilis congênita.

Em casos de sintomas ou suspeita, a orientação é procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.

Prefeitura de Maringá