61% das principais vias de calçada são classificadas como ruins em Maringá
Levantamento realizado pelo Ipplam aponta que apenas 4% das calçadas atendem aos 5 critérios de qualidade estabelecidos; o público mais afetado pela irregularidade são os idosos e PcD.
Apesar da mobilidade urbana em Maringá ser predominantemente realizada por automóveis, bicicletas e patinete elétrico, em algum momento todos utilizam os próprios pés para se locomover. Por isso, uma das estruturas urbanas de grande importância além das ciclovias e ruas da cidade são as calçadas.
Fundamentais para a mobilidade a pé, 61% das calçadas de Maringá não atendem a 3 dos 5 critérios de qualidade estabelecidos na pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maringá para o PlanMob do município. São eles: o dimensionamento, a faixa livre de circulação mínima, as condições da pavimentação e se há rampas e/ou piso tátil.
De acordo com o levantamento, apenas 4% das calçadas atendem aos 5 critérios de qualidade estabelecidos pela pesquisa e 35% atendem de 3 a 4 critérios. Ao todo, foram mapeadas 1.696 vias para pedestres em Maringá e o diagnóstico foi determinado a partir de análise das principais vias do município.
O público mais afetado pela irregularidade das calçadas são os idosos, por possuírem uma mobilidade debilitada e vulnerável a obstáculos no pavimento, e as Pessoas com Deficiência (PcD), especificamente os cegos e cadeirantes, que além de um pavimento adequado, dependem também do piso tátil e rampas para um ir e vir seguro e livre de obstáculos. Além disso, a irregularidade das calçadas em Maringá é nociva à saúde deste público, podendo causar graves quedas e ferimentos.
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Em Maringá, a população idosa corresponde a 15,4% sendo 13,6% com mais de 60 anos e 1,8% com mais de 80 anos. O município é o 22º entre os 100 maiores do Brasil com maior número de idosos, conforme pesquisa do Macroplan.
PLANMOB — O mapeamento realizado pelo Ipplam sobre as calçadas de Maringá PlanMob busca elucidar quais projetos devem ser desenvolvidos para aprimorar a mobilidade urbana no município.
O documento vai estabelecer diretrizes e contempla aspectos como transporte coletivo, o deslocamento a pé e por bicicletas, as cargas urbanas, os estacionamentos públicos e privados, a circulação na área central e nas principais vias, o sistema viário e a segurança no trânsito.
Mais informações sobre os projetos de mobilidade na cidade serão divulgadas em breve.