TEMPESTADE

Quatro dias após tempestade, comércios e residências continuam sem energia elétrica em Maringá

Em algumas regiões da cidade árvores continuam caídas e postes seguem danificados, atrapalhando a mobilidade e fornecimento de energia

Quatro dias após tempestade, comércios e residências continuam sem energia elétrica em Maringá
Na avenida Laguna, em frente ao Parque do Ingá, região central da cidade, ainda é possível encontrar uma grande árvore caída e, junto dela, postes e fios de energia. - Foto: Ademir Kimura/Maringa.Com

Os transtornos causados pela tempestade do último sábado (23) seguem mesmo quatro dias após os estragos. De acordo com informações da Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), em apenas 40 minutos choveu 99 milímetros com ventos de até 87 km/h. Os resultados na Cidade Verde? Árvores caídas em postes, casas e carros em avenidas e bairros residenciais de Maringá.   

De acordo com a Copel, a região de Maringá, no Noroeste do Estado, foi a mais severamente atingida pela "pior tempestade da história no interior do Paraná". Dos 900 postes derrubados em todo o Paraná, cerca de 390 foram destruídos no Noroeste. Em Maringá, estima-se que aproximadamente 10 mil domicílios ficaram sem energia. Consequentemente, algumas regiões ficaram sem água também. 

Entre os 10 mil domicílios que tiveram o abastecimento de energia afetado, muitos seguem na escuridão até hoje, 27 de outubro, quatro dias após a intensa tempestade. Em alguns bairros e até mesmo nas avenidas do centro ainda há árvores caídas e postes danificados, tornando os estragos da chuva um transtorno ainda maior. 

Na avenida Laguna, em frente ao Parque do Ingá, região central da cidade, ainda é possível encontrar uma grande árvore caída e, junto dela, postes e fios de energia. A região está sem luz desde então, o que tem causado problemas para comerciantes e moradores. Os dois sentidos da avenida e a pista de caminhada seguem interditados.

Com a ventania, árvore caiu e derrubou poste de energia. Foto: Ademir Kimura/Maringa.Com

“Estamos desde sábado sem energia. Entendemos que a demanda é alta, mas já estamos há três dias nesta situação e até agora nenhum sinal de que irão solucionar o problema", afirma Willian Santos da empresa Renovare Pisos e Laminados, um dos estabelecimentos prejudicados. 

A realidade é a mesma para Maria Cristina, de 45 anos, moradora no bairro Parque das Laranjeiras em Maringá. Com a forte tempestade, uma grande árvore caiu em frente à sua casa, levando junto um dos postes de energia da rua. 

Árvore caída em frente à casa de Maria Cristina. Foto: Gabrielle Nascimento/Maringa.Com

“Assim que a árvore caiu e a luz acabou eu liguei pra Copel e para a Defesa Civil. Eles disseram aquilo que seguem dizendo todos os dias desde então, que estão fazendo o possível para reparar os danos na cidade. Entendo que tem muita gente precisando e que a equipe precisa de tempo, mas já estou há quatro dias sem energia. Tive que levar todos os alimentos perecíveis para guardar nas vizinhas senão teria que ir tudo para o lixo”, lamenta a dona de casa. 

DEMANDA DE REPAROS — De acordo com dados da Ouvidoria da Prefeitura de Maringá e da Defesa Civil, foram aproximadamente 940 chamadas registradas até o fim da manhã de segunda-feira (25). O trabalho intensivo teve início ainda no sábado e segue sem paralisações. 

Fazem parte da operação de reparos as equipes das secretarias municipais de Mobilidade Urbana, de Limpeza Urbana, de Infraestrutura, da Mulher, Guarda Municipal, Defesa Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, entre outras.

O levantamento aponta que foram 200 árvores caídas, 10 semáforos danificados e 119 lonas distribuídas devido a destelhamento. Ainda não há dados oficiais sobre a quantidade exata de postes derrubados. 

As pessoas que ainda estiverem sem abastecimento de água ou luz em casa ou empresa, devem entrar em contato com a Sanepar no telefone 0800 200 0115 e com a Copel no telefone 0800 51 00 116.

Maringa.Com