UEM retoma atendimento pelo Projeto Tabagismo
Em vigor desde 2005, projeto já auxiliou mais de 1.000 pessoas e conta com atendimento médico, psicológico e nutricional
A Universidade Estadual de Maringá (UEM), por meio do Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi), retoma os atendimentos do Projeto Tabagismo: tratamento e acompanhamento de usuários de tabaco de Maringá e região. Assistência, que segue metodologia padronizada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), terá início na segunda quinzena do mês do outubro; é um encontro semanal, durante oito semanas, e será oferecido de forma remota, via Google Meet.
Inscrições ao projeto iniciaram nesta sexta-feira (1°). Fumantes que queriam parar de fazer uso do tabaco podem se inscrever aqui.
O projeto consiste em reuniões, que serão realizadas com o número máximo de 10 participantes, e conta com orientação e conscientização para que os dependentes da nicotina entendam o porquê fumam e como isso afeta a saúde; são repassados técnicas e elaboradas estratégicas para abandonar o hábito de fumar; além de manutenção para repassar informações para não terem recaídas.
O tabaco é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma pandemia que mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes são devido ao uso direto desse produto, e cerca de 1,2 milhão são não fumantes expostos ao fumo passivo. No Brasil, o tabagismo mata cerca 443 pessoas por dia.
Para o coordenador do projeto, Celso Conegero, a pandemia da Covid-19, que obrigou a população a conviver com o distanciamento social, contribuiu para o aumento do uso do tabaco devido a redução dos atendimentos oferecidos por projetos que auxiliam as pessoas que queiram parar de fumar. “Além disso a situação que vivenciamos elevou o nível de estresse dos indivíduos e muitos voltaram a fumar ou começou a fumar”, explica Conegero.
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Além dos encontros, para pessoas que tenham um grau maior de dificuldade em parar de fumar, há o encaminhamento à consulta médica. Caso seja necessário a prescrição de medicamento para controle de crises de abstinência, os medicamentos são distribuídos gratuitamente pela Secretaria de Saúde do Município.
O projeto, que teve início em 31 de maio de 2005, também conta com atendimento psicológico e nutricional, já que é muito comum o ganho de peso em pessoas que param de fumar.
O agrônomo Evandro Antonio Minato fez parte do projeto. Fumante por 9 anos, por várias vezes ele tentou parar de fumar fazendo uso de métodos como adesivo e chiclete de nicotina, mas foi no dia 25 de abril de 2019, participando do projeto que ele conseguiu deixar o vício.
“Nas reuniões tive orientação e principalmente o acompanhamento adequado de como parar de fumar e iniciar uma nova fase da minha vida. Os benefícios não foram só físicos, mas foi muito além. Se eu consegui parar de fumar, consigo fazer muito mais”, finaliza Minato.