Agosto Dourado destaca e conscientiza sobre a importância da amamentação
Banco de Leite Humano de Maringá é responsável por garantir leite materno aos bebês que, por algum motivo, não podem recebê-la diretamente da mãe
No dia 1º de agosto é comemorado o Dia Mundial da Amamentação. A data está inserida na Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM), promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e no Mês de Aleitamento no Brasil, conhecido como Agosto Dourado.
Esse movimento, tanto nacional quanto mundial, tem o objetivo de estimular o aleitamento materno e a criação de bancos de leite humano, garantindo assim, melhor qualidade de vida para crianças em todo o mundo. A data é comemorada em 120 países, anualmente, entre os dias 1º e 07 de agosto.
Até o sexto mês de vida o leite materno deve ser o único alimento ingerido por um bebê. Nele a criança encontra as substâncias necessárias para a sua nutrição e anticorpos fundamentais para protegê-la no início da vida.
Em Maringá, o Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Universitário de Maringá (HUM) garante a alimentação àqueles bebês que, por algum motivo, não podem recebê-la diretamente da mãe. O BLH é abastecido graças a mulheres que, como Patrícia Fernanda Ramalho, produzem leite em excesso e realizam a doação, garantindo, portanto, qualidade de vida para outras crianças.
Patrícia, que é supervisora de loja, teve seu segundo filho há quatro meses e a partir do sexto dia de vida do pequeno Arthur Ramalho, começou a fazer a coleta. “Me sinto muito privilegiada. Sempre foi um sonho ser mãe e poder amamentar. Meu sonho também era poder doar leite materno, me sinto muito feliz por poder ajudar”, conta Patrícia Ramalho.
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Semanalmente os servidores do BLH visitam as mães doadoras para recolher os frascos com o leite que alimenta, em média, 130 bebês receptores por mês em Maringá e região.
Miguel Silva é uma dessas crianças receptoras. A mãe, Jacqueline de Oliveira, explica que o filho nasceu prematuro e que por 24 dias, até o ganho de peso ideal para sair da UTI Neonatal e ir para a enfermaria pediátrica, onde ficou por mais 21 dias, Miguel foi alimentado com o leite doado ao BLH por mães como a Patrícia Ramalho.
“É um sentimento de gratidão saber que tem pessoas que estão dispostas a fazer doação e salvar as vidas dos bebês que precisam do leite materno”, relata Jacqueline de Oliveira. Hoje, com dois meses e com excelente saúde, Miguel já consegue alimentar-se do leite produzido pela mãe.
COMO DOAR AO BLH - As mães que tenham interesse em ser doadoras, devem ter leite excedente e entrar em contato com o Banco de Leite. “Se tiver leite excedente e estiver saudável, ela é considerada doadora apta. Neste caso preenchemos um cadastro e, caso necessário, fazemos o pedido de alguns exames que são realizados na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência da doadora”, explica Lívia Bortolato Bassan, enfermeira do BLH.
Ainda de acordo com Lívia, essas mães também recebem orientações sobre a higienização e cuidados para fazer a coleta do leite. “Os cuidados são importantes para evitar a contaminação e o descarte do leite”, justifica Lívia Bassan.