ECONOMIA

PIB do Brasil cresce 1,2% no primeiro trimestre de 2021

Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,048 trilhões

PIB do Brasil cresce 1,2% no primeiro trimestre de 2021
O consumo das famílias e do governo foram os únicos indicadores que registraram resultado negativo. - Foto: Divulgação

O PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, cresceu 1,2% no primeiro trimestre deste ano, segundo os dados divulgados nesta terça-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com este resultado, o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, antes do início da pandemia. No entanto, ainda está 3,1% abaixo da máxima histórica, alcançada no primeiro trimestre de 2014. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,048 trilhões.

Veja o resultado do PIB por categoria:

  • Indústria: 0,7%
  • Serviço: 0,4%
  • Consumo das famílias: -0,1%
  • Consumo do governo: -0,8%
  • Agronegócio: 5,7%
  • Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos): 4,6%

“Mesmo com a segunda onda da pandemia de Covid-19, o PIB cresceu no primeiro trimestre, já que, diferente do ano passado, não houve tantas restrições que impediram o funcionamento das atividades econômicas no país”, avalia a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, sobre o motivo do crescimento.

O consumo das famílias e do governo foram os únicos indicadores que registraram resultado negativo. “O aumento da inflação pesou, principalmente, no consumo de alimentos ao longo desse período. O mercado de trabalho desaquecido também. Houve ainda redução significativa nos pagamentos dos programas do governo às famílias, como o auxílio emergencial”, afirma Palis.

O setor de serviços, que tinha sido bastante prejudicado no ano passado por causa da pandemia, conseguiu se recuperar e chegar a um patamar positivo. Os destaques da categoria foram transporte, armazenagem e correio (3,6%) e intermediação financeira e seguros (1,7%) e a única variação negativa veio de administração, saúde e educação pública (-0,6%).

Na agropecuária, a alta foi puxada pela melhora na produtividade e no desempenho de alguns produtos, principalmente da soja, que tem maior peso na lavoura brasileira e previsão de safra recorde este ano.

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