ECONOMIA

Pesquisa aponta queda de 1% no consumo de classes C e D no Paraná

Em média, a queda do consumo no Brasil foi de 4%

Pesquisa aponta queda de 1% no consumo de classes C e D no Paraná
Os gastos que mais caíram no Paraná foram os com Companhias Aéreas (-14%), Telecomunicações (-13%) e Hotéis e Motéis (-5%). - Foto: Freepik

A Pesquisa de Hábitos de Consumo das Classes C e D da Superdigital, fintech do Santander, indica que em março, o consumo dos brasileiros caiu 4% em relação ao mês anterior. O levantamento é realizado mensalmente e busca traçar o perfil do consumidor dessas classes sociais.

No Paraná, a pesquisa apontou leve recuo mensal de 1%. Os gastos que mais caíram foram os com Companhias Aéreas (-14%), Telecomunicações (-13%) e Hotéis e Motéis (-5%). Na outra ponta, houve crescimento nos gastos com Combustível (21%), Automóveis e Veículos (19%) e Drogaria e Farmácia (12%).

Ao analisar os dados por região, o maior recuo foi no Sudeste, que repetiu a tendência registrada no mês anterior, com recuo de 6%. A região Nordeste registrou queda de 4%, enquanto as regiões Norte e Sul apresentaram declínio de 1% cada. A única região que apresentou um pequeno crescimento foi o Centro-Oeste, com 1%.

Segundo Luciana Godoy, CEO da Superdigital no Brasil, a pesquisa aponta que o movimento se deve, em parte, às famílias estarem mais em casa, por conta do distanciamento social imposto em boa parte do País. "Mas podemos perceber que, além da sensível queda, houve uma mudança na forma de consumo, com uma migração relevante para itens mais necessários em casa e compras online. Além disso, pudemos ver outras mudanças de hábitos, como o aumento dos gastos com combustíveis e a queda dos gastos com transporte. Ou seja, as pessoas, em março reduziram o uso de transportes públicos e deram preferência ao automóvel", diz.

Em termos setoriais, as maiores quedas registradas em março na comparação com fevereiro foram em Restaurantes (-6%), Lojas de Roupas (-5%), Transportes (-5%) e Serviços (-4%). Enquanto isso, cresceram os gastos com Diversão e Entretenimento (32%), Combustível (11%), Drogaria e Farmácia (10%) e Supermercado (8%).

"Se detalharmos cada segmento, entenderemos mais os efeitos gerados do isolamento social. Por exemplo, o que apresentou grande aumento nos gastos em Diversão e Entretenimento foi a aquisição de jogos online", explica a executiva.

Outro ponto a observar na pesquisa em março é que, além do aumento dos gastos em Supermercados, a categoria esteve mais presente no orçamento dos brasileiros das classes C e D, com três pontos percentuais a mais. Enquanto a participação de Restaurantes caiu um ponto percentual.

Na análise do valor médio de cada compra no mês de março é possível observar aumento nas categorias Farmácia, Prestadores de Serviços e Combustível, principalmente. Em contrapartida, os consumidores gastaram menos em Hotéis e Motéis, Automóveis e Veículos, Restaurantes e Transporte.

A pesquisa também reforça a tendência de queda nas compras físicas, dando mais espaço às compras online.

RECORTES REGIONAIS

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, a pesquisa apontou que os gastos recuaram 4% em março ante fevereiro deste ano. Os setores que mais caíram foram Companhias Aéreas (-39%), Hotéis e Motéis (-20%) Lojas de Roupas (-12%). Por outro lado, houve crescimento nos gastos com Diversão e Entretenimento (65%), Combustível (12%) e Automóveis e Veículos (11%).

Paraná

No Paraná, a pesquisa apontou leve recuo mensal de 1%. Os gastos que mais recuaram foram os com Companhias Aéreas (-14%), Telecomunicações (-13%) e Hotéis e Motéis (-5%). Na outra ponta, houve crescimento nos gastos com Combustível (21%), Automóveis e Veículos (19%) e Drogaria e Farmácia (12%).

São Paulo

Em São Paulo, a pesquisa mostrou que o consumo teve queda de 3% em março ante fevereiro. As maiores quedas foram registradas pelos setores de Restaurantes e Serviços (-6%), Lojas de Roupas (-5%), Automóveis e Veículos (-5%) e Transportes (-4%). Contudo, houve avanço nos gastos com Diversão e Entretenimento (26%), Drogaria e Farmácia (11%), Combustível (11%) e Supermercado (9%).

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