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Com 1.296 pessoas esperando por leitos, Paraná demoraria um mês para esvaziar fila

Com a variante amazônica, o Paraná teve aumento de 58% no número absoluto de pacientes internados

Com 1.296 pessoas esperando por leitos, Paraná demoraria um mês para esvaziar fila
A situação faz com que o governo estadual corra pela abertura de novos leitos nas quatro macrorregiões. - Foto: Divulgação

A fila de espera por internação para pacientes com confirmação ou suspeita de covid-19 segue aumentando no Paraná. São 1.296 pessoas aguardando por leitos nesta terça-feira (9), de acordo com a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde). 513 casos são graves e requerem UTI (unidade de terapia intensiva) enquanto outras 783 pessoas precisam de leitos enfermarias.

A situação faz com que o governo estadual corra pela abertura de novos leitos nas quatro macrorregiões – Leste, Oeste, Norte e Noroeste – do estado, que têm taxas de ocupação das UTIs acima de 90%.

  • Curitiba e Região Metropolitana: 393 pessoas na fila – 127 UTI e 266 enfermaria;
  • Leste: 393 pessoas – 127 UTI e 266 enfermaria;
  • Oeste: 249 pessoas – 145 UTI e 104 enfermaria;
  • Norte: 97 pessoas – 57 UTI e 40 enfermaria;
  • Noroeste: 164 pessoas – 57 UTI e 107 enfermaria;

“Se não houvesse mais nenhuma contaminação a partir de hoje, essa demanda seria atendida com adequação em três a quatro semanas. Seria inviável a gente conseguir zerar essa fila em muito pouco tempo. É necessário haver parada da contaminação”, afirmou o médico Vinícius Filipak, gestor em Saúde da Sesa, em entrevista ao Meio Dia PR.

Filipak participou da sessão da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) desta terça-feira (9) para prestação de contas da Sesa durante a pandemia. Aos deputados, ele destacou que o Paraná encarou a explosão de casos da covid devido à nova cepa de Manaus, chamada de P1.

Com a variante amazônica, o Paraná teve aumento de 58% no número absoluto de pacientes internados.

“É um primo da covid. De dezembro de 2020 para fevereiro de 2021, tivemos aumento de 85% nas internações de UTI. Ou seja, a doença é muito mais grave que a cepa anterior. Esses dois fatos esgotaram nossa capacidade de resposta para reserva de leitos que temos destinados para covid”, explicou ele.

Em meio à corrida para evitar o colapso do sistema de Saúde, o Paraná registrou 212 mortes e bateu hoje o recorde de óbitos registrados em 24 horas. Segundo o boletim, são mais de 728 mil infectados.

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