Duas escolas de Maringá conseguem liminar para retomar aulas presenciais
Prefeitura de Maringá informou que vai recorrer da liminar deferida
Após a Prefeitura de Maringá publicar um novo decreto municipal suspendendo as aulas presenciais na cidade, várias escolas da rede privada entraram na Justiça contra a decisão da administração municipal. Nesta quinta-feira (25), duas instituições de ensino conseguiram liminar para retomar as atividades presencialmente com os estudantes.
Na decisão liminar concedida às instituições Jardim Escola Arco-íris e Escola Notre Dame, o juiz Fabiano Rodrigo de Souza citou um estudo médico publicado por Maria Esther Graf, Maria Teresa R. de A. Oliveira e Rubens Cat, denominado “Segurança do Retorno das Aulas Durante a Pandemia”.
De acordo com este estudo, as evidências atuais indicam que “o risco de infecção dentro do ambiente escolar não é maior que o risco comunitário e, ainda, a reabertura não se associou à piora da pandemia. A escola somente reflete o quadro epidemiológico da comunidade, assim como as escolas abertas não aumentam número de casos, as fechadas não os diminuem”.
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No entanto, em uma segunda ação, outro juiz mostrou entendimento diferente sobre as aulas presenciais e não concedeu liminar para outra instituição de ensino que buscava retomar o ensino presencial.
Na decisão, o juiz Marcel Ferreira dos Santos indeferiu a liminar porque, embora nova lei estadual considere a educação atividade essencial, “a situação de grave risco à saúde está a exigir restrições por parte de toda a população (da qual não se isenta a impetrante), que deve obedecer aos termos previstos nos Decretos Municipais e que são aplicáveis às demais atividades essenciais que lhe são correlatas”.
Na decisão o juiz ainda diz que o decreto municipal 546/2021 não impede que as aulas sejam ministradas, apenas restringe temporariamente as aulas presenciais. A Prefeitura de Maringá informou que vai recorrer da liminar deferida.