Prefeitura afirma que irá intensificar fiscalização em bares e restaurantes
O prefeito em exercício, Edson Scabora, deixou claro que os decretos da prefeitura relacionados ao coronavírus estão valendo e que houve um relaxamento da população quando os casos
Com o agravamento dos números da Covid-19 em Maringá, a Prefeitura Municipal reuniu diversas secretarias para discutir e realizar ações conjuntas para evitar aglomerações e diminuir a disseminação da doença. A iniciativa foi motivada pelo aumento de casos; aumento no comprometimento dos leitos hospitalares, principalmente na rede privada de saúde; e à solicitação do Ministério Público para que o Município realize ações mais contundentes em relação à pandemia.
Entre as decisões tomadas estão a formação de uma comissão multissetorial específica para discutir ações da Covid; aumentar a fiscalização em empresas - em especial bares e restaurantes, que não será mais de orientação, mas de punição para quem não cumprir as definições dos decretos municipais; intensificar o trabalho conjunto entre a Guarda Municipal e a Polícia Militar para impedir a realização de festas clandestinas; sentar com prefeitos de Paiçandu, Sarandi e Mandaguaçu para a tomada de decisões conjuntas; proibir bares e restaurantes de utilizar som ao vivo e telões neste final de semana.
A Prefeitura começou a realizar encontros com diversos atores da sociedade. Nesta quinta-feira (19), pela manhã, a reunião foi com representantes da Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel), com participação do vice-presidente da Acim, Mohamad Ali Awada. Os empresários compreenderam a situação e se comprometeram a contribuir com o controle das aglomerações e conscientização da população sobre a necessidade do uso do álcool em gel, máscara e distanciamento social.
Durante o encontro, o prefeito em exercício, Edson Scabora, deixou claro que os decretos da Prefeitura relacionados ao coronavírus estão valendo e que houve um relaxamento da população quando os casos da doença caíram. “Agora, com o grande aumento nos últimos dias, as providências serão enérgicas, com aplicação de penalidades para quem não cumprir as regras”.
A Prefeitura sugeriu que os empresários, de modo espontâneo, fechassem as portas dos bares e restaurantes, ou que diminuíssem o tempo de expediente, no próximo final de semana. Para Mohamad Awada, a medida teria que ser tomada por decreto, o que ficou de ser avaliado. “Muitos empresários estão conscientes da gravidade do problema. Mas, não são todos. Quem fechar vai ser prejudicado por aqueles que abrirem”, justificou.
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Mohamad defendeu as ações da Prefeitura. “Somos a favor da legalidade. A maioria dos empresários está trabalhando certo. Estamos em um momento de recuperação e não podemos ter lockdown. Mas, sabemos que se for necessário, ele tem que acontecer. As medidas têm que ter o rigor da lei e temos que fazer a nossa parte”.
O diretor da Abrasel, Rafael Cecato, reconhece que houve relaxamento em determinados bares e restaurantes nos últimos 15 dias. “Temos que tomar as providências necessárias para controlar a situação, seja pela saúde das pessoas, seja porque não suportamos outro lockdown”. A Abrasel se comprometeu em apoiar as ações propostas e realizará uma campanha nas redes sociais buscando a conscientização da população sobre os cuidados que as pessoas têm que ter.
O secretário da Fazenda, Orlando Chiqueto, ressaltou que a fiscalização do Município será intensa e alertou que se algum estabelecimento não tiver como controlar o público, o melhor será fechar as portas nos próximos dias para não ser punido. As sanções podem ser a aplicação de multas, interdição e suspensão das atividades.
A Secretária da Saúde, Maria da Penha, participou da reunião e lembrou que a situação é grave e que somente com o fim das aglomerações e o uso das medidas de prevenção é que o pior pode ser evitado.