'Dia Mundial sem Carro' promove conscientização sobre os impactos da poluição no transporte

O dia 22 de setembro é celebrado o Dia Mundial sem Carro. O intuito da data é conscientizar a população sobre os impactos da poluição do transporte individual no meio ambiente e qualidade de vida. A sustentabilidade tem ganhado destaque cada vez mais em pautas políticas, o principal exemplo é o Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob) do Plano Diretor de todos os municípios brasileiros.  

O PlanMob estabelecido em Maringá propõe uma mobilidade menos poluente com maior qualidade de transporte público e maior número de vias para bicicletas, promovendo a diminuição de emissão de gases poluentes. O foco é o pedestre. 

De acordo com Alessandro Azzoni, advogado e economista, especialista em direito ambiental, em entrevista à M2 Comunicação, a prioridade ao transporte coletivo se explica pela taxa de poluição. "A emissão se mede por quilo de CO2/litro: no ônibus é de 0,08 por passageiro e num carro é de 1,46 por pessoa. Considerando que um ônibus transporta em média 36 passageiros e de carro a média é de 1,5 ocupantes, para levar a mesma quantidade de indivíduos do coletivo seriam necessários quase 20 automóveis a mais na rua. O modal da cidade não suporta mais o aumento do transporte individual, por isso essa data é importante para entender os efeitos desse modelo para a vida das pessoas", reflete.

CICLOVIAS – De acordo com um levantamento feito pela Secretaria de Mobilidade Urbana de Maringá no final de 2019, a cidade possui cerca de 40 km de ciclovias. A rede cicloviária foi iniciada em 1979, quando o município recebeu sua primeira ciclovia no trecho de ligação de Maringá à Sarandi (marginal à avenida Colombo e com projetos de recuperação).

Além de atender trabalhadores que utilizam a bicicleta como meio de transporte, o investimento nas ciclovias contribui com a fluidez no trânsito, a segurança dos ciclistas e o estímulo do veículo que reduz o consumo de combustível, a poluição sonora e do ar.

Adotar um dia para não utlizar o carro e usar outras alternativas de transporte é fundamental para reduzir volume de veículos, diminuir congestionamentos e transformar o trânsito em algo menos poluente. "A qualidade do ar envolve a saúde pública porque as pessoas acabam adoecendo com a absorção de poluentes e material particulado somado aos períodos de seca e redução de umidade que leva a doenças relacionadas ao sistema respiratório e até aumento de infarto", finaliza Alessandro.