UEM terá único laboratório do interior do Paraná para estudo de vacinas virais
Além de contribuir para o controle de doenças infecciosas, como a Covid-19, o laboratório NB3 permitirá a prestação de serviços ao setor privado
A Universidade Estadual de Maringá (UEM), por meio da Rede UEM de Pesquisa para Emergências Epidemiológicas, da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG), recebeu recursos para a construção de Laboratórios com Nível de Biossegurança 3 (NB3). Estes recursos se deram por meio de agências de fomento para pesquisas de enfrentamento a Covid-19.
Segundo o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Clóves Cabreira Jobim, o primeiro projeto, com financiamento de R$ 500.000,00, foi aprovado junto à Unidade Gestora do fundo Paraná (UGF) da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Outro projeto foi aprovado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) com um montante de R$ 2.525.765,00.
Este será o primeiro laboratório desta natureza no interior do Paraná. A maioria dos laboratórios com estrutura NB3, que permite o cultivo e manuseio do Sars-CoV2, estão concentrados na região sudeste e em grandes centros de alguns Estados brasileiros e a falta dessa estrutura tem dificultado os avanços dos estudos de combate a Covid-19.
A implantação desse laboratório na UEM, além de suprir as necessidades para avançar nas pesquisas de várias doenças infecciosas, oportunizará a descoberta de novos medicamentos, manipulação do material genético de vírus entendendo quais deles estão circulando no Estado, além de permitir testes para diagnóstico, imunobiológicos e vacinas, etc. “A partir da implantação desta estrutura, a UEM traz para si a responsabilidade de contribuir para o controle das doenças infecciosas, auxiliando no desenvolvimento de estratégias de saúde publica no estado e no país”, esclarece o vice-reitor da UEM, Ricardo Dias Silva.
Ainda sobre o NB3, Silva explica que para o setor privado, estes ambientes poderão ser utilizados para prestação de serviços como realização de certificação e testes de equipamentos de esterilização, desinfecção, produtos sanitizantes, equipamentos de proteção individual, dentre outros.
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“A expectativa é muito grande para que a estrutura fique pronta o mais rápido possível. Esperamos, ainda em 2021, já poder colher os frutos dessa estrutura, considerando que várias pesquisas já avançaram até aonde é possível sem a estrutura NB3”, explica Jobim.
Esta estrutura também servirá para estudar importantes agentes infecciosos, como os causadores da Dengue, tuberculose, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) e doenças infecciosas emergentes permitindo que os pesquisadores possam agir rapidamente em caso de outra pandemia que, segundo os especialistas, será uma realidade.
Rede UEM – No início da pandemia de Covid-19, visando pensar em formas de enfrentamento da pandemia e para criar as condições de pesquisa necessárias para este enfrentamento, a UEM, por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, criou a Rede UEM de Pesquisa para Emergências Epidemiológicas, a fim de trabalhar no avanço da pesquisa e de protocolos para o combate a surtos, endemias, epidemias e pandemias.
Esta Rede conta com dezenas de pesquisadores, que vêm trabalhado em pesquisas e na busca de recursos financeiros para a condução destas.