Universidades estaduais do Paraná recebem recursos federais para pesquisas sobre Covid-19
A UEL foi contemplada com R$ 931,4 mil para desenvolver pesquisas na área de diagnóstico e a UEM vai receber R$ 332,41 mil para auxiliar as pesquisas relacionadas aos pacientes
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) e a Universidade Estadual de Londrina (UEL) foram contempladas com recursos do Governo Federal para apoiar o desenvolvimento de pesquisas relacionadas à Covid-19.
O edital de financiamento foi aberto pelos Ministérios da Saúde; Ciência, Tecnologia e Inovações e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com o objetivo de estimular soluções para a doença pandêmica em diferentes linhas de pesquisa.
A UEL foi contemplada com R$ 931,4 mil para desenvolver pesquisas na área de diagnóstico. Já a UEM vai receber R$ 332,41 mil para auxiliar as pesquisas relacionadas ao enfrentamento da Covid-19 e suas consequências em pacientes.
AVANÇO CIENTÍFICO - O projeto da UEL envolve 27 pesquisadores, além de estudantes de graduação e pós-graduação, de diferentes áreas. São três as abordagens previstas. A primeira gira em torno da identificação do vírus através da amplificação de RNA (material genético do vírus). Os testes comerciais utilizam uma sonda (que é complementar ao alvo amplificado) entre outros reagentes, o modelo da UEL não utilizará este componente.
Além disso, no mesmo teste serão pesquisados outros vírus responsáveis por infecções respiratórias graves, como por exemplo, o vírus influenza causador da gripe.
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PACIENTES - O projeto da UEM pretende realizar o acompanhamento de pacientes após alta hospitalar para avaliar as sequelas e consequências da Covid-19, a longo prazo. A proposta acontece em parceria com a Duke University (EUA) e Secretaria de Saúde do Paraná.
A aprovação do projeto possibilitará avanços na pesquisa, com as parcerias estabelecidas. “A Secretaria de Saúde disponibilizará os dados do Estado para a captação dos participantes.
A parceria com a universidade americana vai potencializar a internacionalização, incentivar a mobilidade acadêmica e institucional, estimular o desenvolvimento de pesquisas em conjunto das duas universidades; e ampliar a divulgação científica dos dados”, explica a coordenadora do projeto e professora da UEM, Maria Aparecida Salci.
"Esperamos trazer resultados importantes para a sociedade e para a ciência, além de respaldo para direcionamentos de políticas públicas no que compreende as sequelas e consequências que a Covid-19 acarreta a longo prazo para as pessoas que desenvolveram a forma grave da doença. Com o projeto criamos também a possibilidade de acompanhamento clínico e de cuidado para as pessoas que tiveram a Covid-19”, conclui Maria Aparecida.