Professora da UEM solta fala homofóbica durante reunião do conselho

Em uma reunião de 7 horas entre professores e acadêmicos da UEM (Universidade Estadual de Maringá) para definir ou não as aulas remotas na instituição, uma professora soltou uma fala homofóbica. A reunião era tensa, já que diversos acadêmicos e e professores eram contra a volta remota das aulas.

Quando o acadêmico de educação física Krigor de Camargo Faeda, representante dos estudantes no Conselho de Ensino e Pesquisa da UEM, começou a falar, uma professora disparou a frase "Ai essa bicha, vou te falar". O microfone da professora estava aberto e toda a audiência da reunião pode ouvir.

“O ocorrido só mostra o quanto a universidade que nós tínhamos antes da pandemia, antes da crise econômica que está posta. Já era um cenário hostil, complicado e que merece um debate. A universidade ela é, sim, homofóbica, racista, transfóbicas, machista e cada vez mais ela está se distanciando do povo e pensando coisas que talvez não faça jus a sua função social, que é discutir a sociedade, dar soluções para os problemas da sociedade”, explicou Krigor em entrevista.

O caso com áudios logo repercutiu nas redes sociais. Centros acadêmicos da UEM divulgaram nota de repúdio contra a homofobia e a professora disse que não vai se manifestar, mas explicou que o ocorrido foi devido à exaustão. Ela pediu desculpas e ressaltou que tem profundo respeito pela orientação sexual de qualquer pessoa.

Nesta quinta-feira (23) a reitoria da Universidade Estadual de Maringá publicou uma nota oficial se posicionando sobre o ocorrido. Confira:

“A Reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM) vem a público informar que está tomando as providências cabíveis para averiguar a eventual infração e irregularidade funcional cometida pela conselheira do Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP) em reunião formal do Conselho ocorrida no dia 22 de julho de 2020”.