SAÚDE

Maringá passa a realizar 280 exames semanais de COVID-19, antes eram apenas 50

Maringá passa a realizar 280 exames semanais de COVID-19, antes eram apenas 50
Os novos exames vão agilizar o diagnóstico de pacientes que alegarem sintomas compatíveis com COVID-19 nas unidades sentinelas do município. - Foto: Aldemir de Moraes/PMM
A Secretaria de Saúde, já iniciou a testagem de pacientes suspeitos de COVID-19 com exames tipo PCR adquiridos com recursos próprios. Maringá saltará de 50 exames semanais realizados pelo Lacen (Laboratório do Estado) para 40 diários, a partir do diagnóstico local. Serão 5 mil testes adquiridos nesta primeira fase - 4 mil comprados de laboratório privado e mil a partir de convênio com o Laboratório de Ensino e Pesquisa e Análises Clínicas (Lepac) da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Os exames rápidos adquiridos pela Prefeitura de Maringá contemplarão pacientes que buscarem unidades sentinelas, instaladas nas entradas de estabelecimentos municipais de saúde, alegando sintomas compatíveis com COVID-19, ou "síndrome gripal". Até a aquisição dos exames, estes pacientes não eram considerados graves e permaneceram em isolamento domiciliar por 14 dias. Caso o quadro não evoluísse, eram considerados descartados. Eles são identificados como "Casos descartados" no boletim diário sobre coronavírus da Prefeitura de Maringá.

A coleta para o PCR já no primeiro atendimento vai permitir o diagnóstico de 24h a 48 horas. Assim o paciente poderá se tratar com precisão caso for positivado ou voltar à rotina normal, sem apresentar riscos à sua família e comunidade. Antes da aquisição, eram realizados, em média, 50 exames por semana em pacientes da rede municipal de Maringá. Agora serão 40 por dia.

COMO É FEITO – O paciente que relatar sintomas compatíveis com COVID-19, ou "síndrome gripal", em unidades sentinelas da rede de saúde municipal serão testados. Profissionais de saúde farão coleta de secreções com swab (equipamento similar a uma haste flexível com algodão na ponta) e encaminharão para os laboratórios de referência.

Até o resultado do exame, que ocorrerá em 24h, o paciente deverá manter o isolamento social ou permanecer internado na unidade de saúde (caso apresente quadro agravado). Até a manhã desta quarta-feira (29), apenas o laboratório privado estava recolhendo as amostras porque o Lepac ainda não havia recebido os exames.

PÓS EXAME – A partir da coleta do exame o paciente será monitorado pelo Centro de Informação em Estratégia em Saúde (CIEVS) da Secretaria de Saúde de Maringá. Caso o paciente não seja diagnosticado com coronavírus, ele será liberado da quarentena e receberá orientações para que no futuro o diagnóstico não se confirme.

Os casos positivos serão orientados a manter o isolamento domiciliar ou internamento em leito hospitalar, de acordo com a gravidade. Até se recuperar, o paciente será monitorado diariamente pelo CIEVS. A prefeitura de Maringá elaborou um manual para orientar as boas práticas para quem apresentar leve manifestação da doença e puder se recuperar em casa, clique para conferir. Em caso de agravo, o paciente deverá buscar imediatamente o médico.

PROCESSO – Os 4 mil exames adquiridos pela rede privada já estão sendo realizados. O investimento neste pacote foi de R$ 840 mil. Cada exame saiu por R$ 210, menor valor de mercado encontrado pelo município. A compra ocorreu por meio de licitação, na modalidade "Dispensa de Licitação", e elencou outros dois orçamentos com valores superiores, R$260 e R$ 280. O processo está detalhado no Órgão Oficial do Município e Portal da Transparência. Na rede privada de Maringá, o exame para paciente comum custa cerca de R$ 500. Os mil exames que serão realizados pelo Lepac ainda não chegaram na instituição.

Prefeitura de Maringá