HOMENAGEM

Jardinete em Curitiba receberá o nome de Magó

Jardinete em Curitiba receberá o nome de Magó
Maria da Glória era bailarina, produtora de dança e de teatro, sendo estrangulada e estuprada em uma cachoeira de Mandaguari. - Foto: Reprodução Instagram
O enfrentamento à violência contra as mulheres foi foco das discussões da CMC (Câmara Municipal de Curitiba) nesta terça-feira (10). De forma unânime, foi aprovado em primeiro turno a denominação de jardinete no bairro Fazendinha com o nome de Maria Glória Poltronieri Borges, a Magó, maringaense vítima de feminicídio em Mandaguari, região norte do Paraná.

A maringaense Magó era bailarina, produtora de dança e de teatro, sendo estrangulada e estuprada em uma cachoeira de Mandaguari. O projeto para homenagear Magó é de autoria da vereadora Maria Leticia (PV) e entrou na pauta da CMC em regime de urgência.

“É uma homenagem simbólica à Magó, mas sobretudo é uma forma da gente continuar enfrentando a violência covarde, desumana, contra todas as mulheres. Estamos vivendo uma crise ímpar do crime contra a mulher, com o jardinete podendo ser um símbolo de luta e resistência”, pontuou Maria Leticia.

Em sua justificativa para o projeto, a vereadora colocou que no Paraná registrou, nos primeiros meses de 2020, 47 casos. Em 2018 e 2019, foram investigados, respectivamente, 168 e 177 assassinatos de mulheres. “Em Curitiba, entre 2018 e 2019, foram 19 crimes investigados em cada ano. Já em 2020, só nos primeiros meses, já foram investigados 7 casos de feminicídio na cidade”, finalizou.

Diversos parlamentares reforçaram a necessidade do enfrentamento à violência contra as mulheres, em uma sessão plenária contou com a presença de Maurício Borges, pai de Magó. “Ainda temos que avançar muito. Há sempre a culpabilização da mulher ou da família da mulher. Ninguém questiona o porquê da violência contra a mulher, por que existem ainda agressores, homens que estupram, que matam”, declarou a vereadora Professora Josete (PT).

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