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Graduação em Música discute “como viver de música”

Graduação em Música discute “como viver de música”
Como viver de música? Esta pergunta, feita mundialmente há bastante tempo, é a temática da terceira edição do curso de extensão “Tocando em Frente”, promovido pelo Departamento de Música (DMU) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Espaço para reflexão e estudos, em encontros semanais os alunos receberão dicas de empreendedorismo, economia financeira, desenvolvimento interpessoal, motivação e marketing por parte da ministrante Dra. Vania Malagutti Loth.

“Esse curso vem na direção de atender uma demanda muito forte, que é a questão de o músico autônomo não conseguir sucesso profissional de forma vantajosa”, incomoda-se a docente. Ela observa que até mesmo os vestibulandos percebem os obstáculos que enfrentarão ao viver de música, o que reflete em queda da procura por cursos superiores de Música nos vestibulares. “Embora os músicos estudem, são apaixonados e querem continuar fazendo música, veem uma dificuldade grande para ter a música como profissão. Historicamente tem sido assim”, lamenta. Ludwig van Beethoven, de acordo com a doutora, pode ter sido o primeiro grande músico a sobreviver de forma autônoma, sem estar vinculado a uma corte ou à Igreja.

É provável que esteja “instituído no inconsciente coletivo que o músico não merece receber financeiramente pelo seu trabalho, e o músico parece aceitar que é assim que funciona”, cogita Loth. Portanto, o curso de extensão visa minimizar este conformismo ao traçar objetivos e estratégias práticas, e fazer com que os profissionais entendam que é importante continuar a ter reconhecimento social, mas também monetário. A professora lembra que há músicos que vivem só de música, e bem, mas são exceções, já que muitos graduados – e altamente capacitados – partem para outras áreas e transformam a formação em complemento de renda ou lazer.

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