O Plano Gestor de Arborização Urbana de Maringá (PGAU) está em desenvolvimento desde março e 2017 e seria finalizado em um ano, mas o prazo foi prorrogado até março de 2019. É que a demora na elaboração do documento se deve a complexidade dos estudos. Entre os avanços mais recentes, está a escolha das 77 espécies, principalmente nativas, para serem plantadas na cidade. A definição ocorre para mais de 2.300 ruas e avenidas do município. A comissão que elabora o Plano é formada por sete grupos, que totalizam quase 40 especialistas de várias formações (engenheiros civis, florestais e agrônomos, geógrafos, biólogos e arquitetos).Além da prefeitura, o Plano contra com o trabalho de voluntários de órgãos e instituições de ensino, como do Conselho de Engenharia e Agronomia do Paraná, Emater, Funverde, Universidade Estadual de Maringá, Unicesumar, Uningá, Copel e Sanepar. Pelo Crea-PR, a demanda pelo PGAU é acompanhada desde 2012, quando a entidade reforçou à prefeitura a análise feita no Censo da Árvore. A pesquisa de 2004/2005 apontou que 35% das árvores de Maringá, das 108 mil catalogadas no levantamento, precisavam de um manejo urgente porque estavam doentes. Atualmente, a cidade tem cerca de 120 mil árvores.A secretaria e Meio Ambiente e Bem-estar Animal de Maringá explicou que dois grupos já concluíram os estudos e os demais, estão bem adiantados. Sobre o grupo espécies, o PGAU prevê o plantio de 77 espécies nativas na cidade. Na lista estão Cabreúva, Louro-pardo, Aldrago, Ipê-roxo e Manacá-da-serra. Segundo o engenheiro florestal da Sema, Maurício Sampaio, hoje 40% das árvores plantadas são Sibipiruna e 20% Tipuana. No novo Plano, nenhuma espécie vai ultrapassar 5% de plantio porque não existe uma única espécie adequada para toda a cidade, por isso a diversificação.Este ano caíram 624 árvores em Maringá e 2.476 foram plantadas pela Secretaria de Municipal de Serviços Públicos (Semusp). E o plantio de muitas espécies já foi feito de acordo com o estudo do PGAU, priorizando a diversificação indicada como adequada para cada região da cidade. No Viveiro Municipal, as mudas também estão sendo escolhidas e cultivadas seguindo as primeiras definições do Plano Gestor de Arborização Urbana de Maringá. Lembrando que as quedas de árvores registradas nessa quarta-feira (31) ainda não estão no balanço anual.
O engenheiro Agrônomo Osvaldo Danhoni é o representante do Crea-PR na comissão. Ele participa do grupo de legislação, responsável por criar uma lei municipal que assegure a aplicação do plano por todos os gestores de Maringá. Danhoni diz que o estudo é complexo porque o projeto tem que prever tudo, plantio, poda, corte e até destinação dos resíduos das árvores retiradas. "O Plano é inédito, diferente de tudo que já foi feito em outros municípios, elaborado para atender as demandas de arborização de Maringá".Ele também reforçou que o PGAU vai ajudar o município a economizar. É que em 2017 foram pagos R$ 437 mil em indenizações por queda de árvores e neste ano, até outubro, R$ 322 mil. Os pedidos são de moradores que tiveram residências ou veículos atingidos.Outras frentes de trabalho sãos os grupos histórico (que levanta os eventos relacionados a arborização no município), diagnóstico (responsável pela montagem de um banco de dados geoferenciados da arborização e pelo novo Censo da Árvore iniciado em janeiro), educação ambiental (que vai planejar e elaborar ações de conscientização sobre o tema), matéria prima (avalia o correto uso dos materiais gerados pela arborização) e cadastros (que terá que integrar o sistema de dados dos serviços de arborização com o 156).