CIDADE

Parque do Japão: autoridades consideram projeto mais um orgulho para Maringá

A solenidade de lançamento da pedra fundamental para instalação do Parque do Japão, realizada na última quarta-feira (10) em Maringá, foi um dos momentos marcantes no dia em que a cidade comemorou seus 59 anos de fundação.

“A partir de 2008, essa iniciativa maringaense se constituirá no maior parque japonês construído fora do Japão”, assegurou o prefeito de Maringá, Silvio Barros.

“É uma significativa demonstração de respeito e admiração pela comunidade nipônica, que se sente extremamente honrada”, agradeceu o Cônsul do Japão no Paraná, Hirotsugu Hagiuda.

“Vamos juntar todos os esforços para fazer com que a família imperial japonesa venha conhecer essa idéia magnífica que será concretizada em 22 de junho de 2008, quando serão comemorados os 100 anos de imigração japonesa no Brasil”, afirmou o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Japão no Paraná, Antonio Ueno.

Expressões como essas resumiram a importância da solenidade, que começou com um almoço reunindo autoridades do município, convidados e lideranças da comunidade japonesa.

Na seqüência, a comitiva se dirigiu até a área de 100 mil metros quadrados, doada pelo empresário maringaense Ramires Pozza, onde foi realizada a solenidade de lançamento da pedra fundamental – uma rocha vulcânica de 12 cm de diâmetro por 6 cm de altura, vinda da região de Kakogawa, cidade japonesa co-irmã de Maringá.

O terreno fica entre os parques Itaipu e Industrial, próximo ao Contorno Sul da cidade.

Abaixo da placa comemorativa do evento foi instalada uma caixa de concreto com tampo de acrílico contendo o projeto, exemplares de jornais do dia, uma moeda corrente e o estatuto da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público “Parque do Japão – Memorial Imin 100”, criada para elaborar e acompanhar a obra, sem fins lucrativos, com a ajuda voluntária da comunidade.

Na solenidade houve também o plantio de mudas de cerejeira – árvore-símbolo do Japão – e uma apresentação de TAIKO, um ritual japonês incentivador para participantes de grandes desafios.

Para o deputado federal Ricardo Barros (PP/Pr) a iniciativa maringaense fortalece ainda mais o acordo de irmandade com Kakogawa, assinado pelo pai dele – Silvio Magalhães Barros – quando foi prefeito da Cidade Canção.

“Aliás, esse fato me emocionou hoje quando eu e meu irmão Silvio fomos lembrados ainda nos tempos de criança, durante o pronunciamento do ex-deputado Antonio Ueno, ao rememorar a assinatura do acordo no Paço Municipal na década de 70”, disse.

Ao encerrar a solenidade, o prefeito Silvio Barros lembrou que o Parque do Japão será mais uma atração maringaense disponível na rota do turismo para o Sul do país.

“Este momento de caráter especial representa mais um motivo de orgulho para nossa gente e mais um dos vários motivos que Maringá tem a comemorar na condição de uma das principais cidades do Brasil”, finalizou.

Na busca de ser auto-sustentável e duradouro, o projeto do Parque do Japão prevê a construção de um jardim japonês que mantenha sua originalidade e perfeição, fazendo com que pareça se fundir à vegetação nativa brasileira através da mistura entre as variedades de plantas.

O Jardim Imperial tem seu estudo arquitetônico e paisagístico coordenado por profissionais da cidade de Kakogawa, co-irmã de Maringá, onde técnicos empenham-se para apresentar uma paisagem japonesa dentro da mata virgem brasileira.

O governo da província de Hyogo e a Japan International Cooperation Agency (JICA) também uniram esforços para construir um parque genuíno, dentro das possibilidades climáticas brasileiras.

A idéia da comissão especial é fazer com que os visitantes do Parque do Japão disponham de instalações com amplas áreas verdes, lagos e cascatas, onde a natureza possa ser contemplada em sua plenitude em cada estação do ano.

O espaço destinado à arte e cultura no parque será um teatro para 500 lugares e sala de eventos com a finalidade de expor atividades culturais regionais, como apresentações de dança, música, aulas de artesanato, a tradicional arte do Ikebana, origami e ensino da língua japonesa.

Inspirada na arquitetura contemporânea japonesa, a construção é projetada por uma equipe de profissionais brasileiros e japoneses, composta por muitos voluntários.

O projeto tem como principal característica a sua auto suficiência, dentro de um conceito moderno e arrojado, onde cada detalhe é elaborado com esmero.

O alpendre com vista para o Jardim Imperial, por exemplo, valoriza a integração paisagística do projeto como único.

Assim como o teatro, um amplo ginásio de esportes terá estilo arquitetônico contemporâneo japonês para atuar na formação de atletas de artes marciais, em especial o Judô e Taekwondo.

A finalidade do projeto é oferecer benefícios à comunidade em geral, na condição de ser um espaço esportivo de excelência regional também em outras modalidades.

Informações pelo telefone: 3221-1425/3221-1471(SEDUH)

Pmm