A Secretaria de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal (Sema) reforça as orientações aos visitantes dos parques para não alimentarem os animais silvestres que habitam essas reservas, protegidos por lei e que devem seguir o processo natural da cadeia alimentar. Constantemente são observados visitantes alimentando os animais com biscoitos, salgadinhos, bolachas, entre outros produtos industrializados.A veterinária da Sema, Evandra Pachaly, ressalta que a dieta alimentar destes animais é encontrada na própria natureza, consistindo em frutos, sementes, goma de árvores e insetos. "Ao se aproximar dos animais, as pessoas se sentem tentadas a oferecer doces, bolachas, pipocas e outros alimentos ricos em açúcares, sais e gorduras que, ingeridos em excesso, causam problemas até para o ser humano”, alerta. A veterinária lembra de malefícios causados por uma dieta inadequada desses animais. “Na natureza, os efeitos são mais graves, já que os bichos não escovam os dentes, podendo desenvolver cáries e tártaros, e ainda, não estão livres de doenças como gastrites, diabetes, colesterol elevado e hipertensão, de difícil controle e tratamento sem auxílio veterinário", afirma.Evandra lembra que os animais silvestres podem transmitir doenças aos seres humanos, dentre elas a raiva, também oferecendo riscos como mordidas e arranhões. Os próprios animais também não estão imunes a essa relação e os macacos por exemplo, podem contrair doenças dos seres humanos, algumas fatais.Ao serem alimentados por produtos industrializados ou que não encontrariam na natureza, os animais modificam seus hábitos e colocam em risco sua sobrevivência, podendo ingerir produtos inadequados, contaminados ou impróprios para seu metabolismo, prejudicando a sua digestão e consequentemente a sua sobrevivência.
Alimentar os animais silvestres também pode ocasionar o aumento exagerado de determinada espécie, em detrimento das demais, causando um desequilibro para a fauna do local e, entre outras consequências, sair dos limites do seu habitat natural. “Após criarem o hábito de ganharem alimentos prontos, os animais mudam totalmente as suas rotinas. Isso os incentivará a sair da mata onde estariam protegidos e poderão ser mortos por atropelamento ou serem agredidos por seus gestos incompreendidos pelos humanos”, acrescenta Evandra.O gerente a Áreas de Preservação Ambiental da Sema, Adeilson Renato da Silva, orienta a comunidade que ao visitar uma área com animais silvestres, não os alimente e mantenha uma distância segura para observá-los e caso encontre alguma irregularidade com animais, procure a Sema para direcionamento e procedimentos a serem realizados.“A Sema oferece diariamente em torno de 400 kg de frutas da época, distribuídos em comedouros espalhados no interior dos Parques e Unidades de Conservação do Município, sendo essas frutas doadas em parceria com o Ceasa e Distribuidora de Bananas São Thomé, complementando assim a alimentação dessas espécies. Contamos com a colaboração dos visitantes para a proteção dos animais”, finaliza Silva.
Saiba maisA alimentação oferecida aos animais silvestres pela Sema é realizada entre as 7 e 10 horas. Mais informações sobre o tema com a veterinária da Sema, Evandra Pachaly, pelo telefone 3901-1176.