TRÂNSITO

UEM terá novo fluxo viário dentro do câmpus

UEM terá novo fluxo viário dentro do câmpus
As mudanças serão implantadas a partir de 10 de abril
O sentido do trânsito no câmpus sede da Universidade Estadual de Maringá vai mudar. A principal alteração será a implantação de um anel viário das vias internas, com sentido único na rotação anti-horária. Segundo o prefeito do Câmpus, Carlos Augusto Tamanini, as mudanças passam a valer a partir de 10 de abril, entretanto a Universidade vai aproveitar o início do ano letivo, na segunda-feira, dia 3, para começar uma campanha de divulgação, com a distribuição de panfletos explicativos.

Com sete portões de acesso, nem todos servirão para entrada e saída de veículos. Apenas o Portão 1, da Avenida Colombo, o Portão 6, da Vila Esperança, pela Rua Júlio Favoretto, e o Portão 7, da Rua 10 de Maio, terão duplo sentido, com entrada e saída.

Quem vem de carro ou moto pela Rua Lauro Werneck entrará pelo Portão 2 e obrigatoriamente deve virar à direita. Esse portão é exclusivo para entrada. Uma alternativa para chegar ao Colégio de Aplicação Pedagógica - CAP, Creche, Pista de Atletismo e outros setores que ficam à esquerda, é o Portão 3, que é novo e dá acesso a uma via secundária, recém-construída, paralela à Rua Professor Itamar Orlando Soares. A circulação por essa via se dará pelo sentido único horário, portanto contrário ao da principal.

Um detalhe importante é que ao optar pelo Portão 3, que é exclusivo para entrada, o motorista deve vir pela pista da esquerda da Rua Lauro Werneck.

Também há dois portões destinados exclusivamente para saída do câmpus, o 5, pela Rua Professor Itamar Orlando Soares, e o 4, pela Rua Bragança.

O prefeito do câmpus explica que as mudanças são frutos de um estudo dos engenheiros e arquitetos ligados à Prefeitura e dos professores dos departamentos de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo. “A proposta inicial é garantir melhor fluxo dos veículos, diminuindo os gargalos formados em horários de pico, na entrada e saída do câmpus. Mas também queremos aumentar as condições de segurança de motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres que trafegam por aqui”, atesta Tamanini.

Ele ainda destaca que as mudanças não são estáticas e que podem sofrer ajustes, conforme a necessidade apresentada a partir da implantação do novo anel viário. De qualquer modo, já está em estudo a abertura de vias e de novas áreas de estacionamento para facilitar ainda mais a circulação dentro do câmpus.

Paula Sardeiro, arquiteta e professora do DEC, diz que é importante a comunidade acadêmica planejar seu deslocamento para utilizar sempre o melhor acesso, de acordo com o destino desejado. A PCU preparou um mapa, no qual as vias têm os sentidos representados, assim como os portões de acesso. “Várias cópias desses mapas foram feitas e serão distribuídas para a comunidade para ajudar nesse planejamento”, informa a professora.

Maioria não usa carro para entrar no câmpus

Uma pesquisa feita com alunos, professores e pessoal técnico-administrativo apontou que 80% dos entrevistados se deslocam a pé para o câmpus. Thiago Neri, professor do Departamento de Engenharia Civil e organizador do levantamento, explica que todos receberam um questionário via e-mail. Mais de 3 mil pessoas responderam o questionário, representando cerca de 20% de toda a comunidade universitária. A amostragem é boa, segundo Neri, e dá uma boa visão da realidade atual.

As questões foram elaboradas com o objetivo de levantar origem e destino e meio de transporte usado para se locomover no câmpus. Outros dados da pesquisa apontaram que 13% dos entrevistados usam veículos motorizados e 2% bicicleta. “Ao ser questionado sobre a segunda opção de transporte, a bicicleta corresponde a mais de 30% das respostas”, informa o professor. Segundo ele, isso demonstra um grande potencial de usuários desse meio de transporte.

Neri ainda destaca que a pesquisa é resultado de um projeto de extensão e foi realizada a partir de uma demanda da PCU. A proposta é que ela seja a matéria-prima para planejamento de mobilidade a curto, médio e longo prazo. O levantamento foi realizado no ano passado e envolveu acadêmicos de Engenharia Civil e membros da empresa júnior do curso, a Empec.

Tamanini explica que os dados da pesquisa contribuíram para o estudo do anel viário e também estão subsidiando novos projetos ainda em fase de estudo. “Nossa proposta não é somente pensar a UEM hoje. É também preparar a Universidade para o futuro, apresentando um plano de mobilidade compatível”, finaliza o prefeito.