CULTURA

Convite ao Teatro apresenta espetáculo inspirado em histórias de Agualusa

Convite ao Teatro apresenta espetáculo inspirado em histórias de Agualusa
Apresentação será no Teatro Barracão
A Secretaria de Cultura, por meio do projeto Convite ao Teatro, promove nesta sexta-feira (16) o espetáculo “O Caçador de Borboletas e Outras Histórias de Agualusa”, dirigido por Márcia Costa, que vai contracenar com a atriz Bárbara Bittencourt no palco do Teatro Barracão às 20h30. A atração tem entrada gratuita e a orientação é que os convites sejam retirados na bilheteria do local com 30 minutos de antecedência.

A peça traz três histórias do escritor angolano José Eduardo Agualusa, que recentemente esteve na cidade participando da Festa Literária de Maringá (FLIM). A montagem foi criada especialmente para aquela ocasião. A produção é de Rachel Coelho/2 Coelhos Comunicação e Cultura.

Com objetos, frutas, verduras e músicas de domínio público, as atrizes contam as histórias “O caçador de borboletas”; “A girafa que comia estrelas” e “O peixinho que descobriu o mar”, numa apresentação que dura cerca de 50 minutos e tem classificação livre.

Entremeadas às histórias, um drama silencioso e sutil se desenrola. Um caos é representado por um número excessivo de sacolas plásticas que tomam conta do cenário. As atrizes aos poucos vão desvendando, em um jogo lúdico e simbólico, a utilização das sacolas plásticas como metáfora do sufocamento, numa espécie de alerta quanto aos cuidados que deveríamos ter pela biodiversidade, propondo maior conexão das pessoas com a natureza.

Sinopses
- “O caçador de borboletas” é a história de Vladmir, um garoto que descobriu que não podemos guardar tudo que admiramos dentro de caixas. É um conto sobre opressão e liberdade.

- “A girafa que comia estrelas” fala de amizade. Olímpia, a girafa, vivia com a cabeça nas nuvens e foi lá que conheceu a galinha Margarida, que se torna sua grande e eterna amiga. Juntas as duas viveram a maior de todas as aventuras que já tiveram na vida.

- “O peixinho que descobriu o mar” conta a história de Cristóban, que morava em um aquário junto com seus familiares, mas sonhava com um mundo para além das paredes de vidro. Um dia, quando todos estavam dormindo, ele pulou para fora do aquário e foi em busca de novas emoções.

Homenagem

“A peça é uma homenagem, foi pensada assim. Depois de ler várias histórias, pesquisar palestras e entrevistas do autor cheguei à conclusão de que os temas que unem as três histórias são três jóias caras para ele: a natureza (ele sempre está falando da savana, dos animais, do mar em suas histórias), a liberdade (é recorrente a luta dele pela memória da independência em Angola e a importância dessa conquista para o seu povo) e a amizade (que aparece nas três histórias como uma preciosidade)”, explica a atriz e diretora Márcia Costa.

“Agualusa é o nome que se dá ao mar, quando ele está calmo e iluminado. E quando se entra em contato com o autor pessoalmente pode-se facilmente relacionar o seu temperamento com o seu nome. Seu olhar é sereno, tranquilo e pousa diretamente nos olhos do outro. Paradoxalmente sentimos ao mesmo tempo sua brilhante força, qual indomável mar, incansável na luta por direitos, por liberdade, por respeito ao planeta”, conta Márcia, que durante a FLIM participou, com a Bárbara de um encontro com o autor e tiveram a oportunidade de cantar uma música para ele.