CULTURA

Magicontador francês Eric Chartiot se apresenta nas Bibliotecas Municipais

Magicontador francês Eric Chartiot se apresenta nas Bibliotecas Municipais
Francês também participou da Festa Literária Internacional de Maringá
Durante toda esta semana a Secretaria de Cultura promove os espetáculos do magicontador francês Eric Chartior, que vai se apresentar em todas as bibliotecas de Maringá e do distrito de Iguatemi.

Nesta quinta-feira (15), Eric fará duas apresentações: às 9h30 na Biblioteca das Palmeiras e às 14 horas no CEU das Artes, em Iguatemi. Na sexta-feira (16) é a vez da Biblioteca do Centro receber o espetáculo do magicontador às 9h30. No período da tarde, às 14 horas, a apresentação será feita na Biblioteca Mandacaru.

Eric Chartiot se apresentou no município dentro da programação da Festa Literária Internacional de Maringá (FLIM), realizada em setembro. Seu sucesso com o público infantil foi tanto que veio o convite para as apresentações nas Bibliotecas, que são gratuitas e abertas a toda a comunidade.

A apresentação

Eric tem três livros publicados: “A Melhor Mágica do Mundo” (Eric Chartiot & David Medina da Silva), que baseia o espetáculo “Como Num Livro Aberto”, apresentado ao longo da semana em todas as bibliotecas de Maringá. A obra traz a história de Joãozinho “Cabeça de Vento”, um menino que só gosta de assistir televisão. Uma noite ele é acordado por um choro dentro do quarto. Num baú esquecido ele descobre um livro que está chorando.

Este perde suas letras e deixa uma mensagem, pedindo socorro... Esta história é destinada a crianças de até 12 anos, e mostra a descoberta da leitura de uma forma mágica e diferente. Joãozinho, determinado a salvar o livro que perdeu suas letras, deverá viver várias aventuras que o levarão a descobrir que quando a gente abre um livro, coisas mágicas podem acontecer. As outras obras são “Contos Mágicos” e “O Magicontador”.

artista

Eric Chartiot, o Magicontador, nasceu na França em 1961, ano em que o primeiro homem saiu da atmosfera. Será que dali surgiu a imensa vontade de viajar que acompanha o artista até hoje? Ninguém sabe ao certo. Talvez Erica tenha sido motivado por ser filho de uma mãe espanhola com um pai francês. Talvez falar duas línguas desde a infância tenha sido a justificativa para a necessidade de cruzar fronteiras.

Quando teve que decidir o que estudar, não restou muita dúvida: escolheu línguas estrangeiras. Tinha o inglês bastante fluente por ter morado um ano em Londres e o espanhol, bem, já sabemos. Em 1985, se formou na Universidade de Lyon como intérprete e tradutor, mas em vez de começar a trabalhar nesta área, se mudou para Sevilha, na Espanha para dar aula de francês. Após essa empreitada, foi a Brasília ajudar na formação de professores junto a Embaixada Francesa no Brasil.

De volta à França, começou a representar uma editora francesa em toda a Europa do Sul e América Latina. O mundo encantador dos livros (e das viagens contínuas) conseguiu segurá-lo durante cinco anos, mas a vontade de morar fora de novo falou mais alto. Chamado pelo Ministério das Relações Exteriores da França, em 1993, foi dirigir cursos de Francês do Centro Cultural Francês em Oslo, Noruega. Foi ali que, junto com sua companheira de vida, Elizabeth, realizou suas primeiras e melhores mágicas: Miléna, hoje com 17 e Nicolas, 14.

Em 1997, respondendo a outra proposta do governo francês, assumiu o posto de Diretor da Aliança Francesa de Porto Alegre, onde ficou até 2002 quando começou a carreira de mágico. Muitos se perguntaram (e continuam até hoje) como isto podia ser possível. “Seria muito longo explicar, mas quem sabe um pai contador de histórias, uma paixão finalmente assumida pela arte mágica, uma vontade imensa de subir no palco para tentar atingir a emoção do público sejam os motivos”, pontua.

Com isso, o magicontador continua viajando muito, pois as apresentações de espetáculos e palestras já o levaram para muitos lugares do Rio Grande do Sul, onde reside, do Brasil e da América Central e do Sul. E a tradução e interpretação? “Bem, hoje, interpreto textos, números, histórias que traduzo da melhor forma possível para tocar a emoção de quem me assiste”, finaliza.