SAÚDE

Outubro Rosa também alerta sobre câncer de colo do útero

Outubro Rosa também alerta sobre câncer de colo do útero
Campanha reforça a importância do exame preventivo

Além de abordar o câncer de mama, a campanha Outubro Rosa também alerta sobre o câncer de colo do útero. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam este tipo de câncer como o terceiro mais incidente na população feminina no Brasil. Para o ano de 2016 são estimados 16.340 novos casos, sendo 860 no Paraná.

Considerando esses números, o Estado reforça a importância do exame preventivo (Papanicolau ou citopatológico). “Nossa orientação é para que a mulher procure a Unidade de Saúde mais próxima de sua residência e agende uma consulta médica, mesmo se não estiver doente”, diz a chefe do Departamento de Atenção Primária da Secretaria estadual da Saúde, Monique Costa.

Apesar de buscar ativamente a ampliação da cobertura no mês de outubro, o exame é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) durante todo o ano. Os dois primeiros preventivos devem ser feitos com o intervalo de um ano. Se os resultados forem normais, o exame pode ser feito a cada três anos.

Em 2015, o Paraná contabilizou 333 mortes pela doença, e em 2016 já foram registrados 258 óbitos. “Se diagnosticada previamente e tratada adequadamente, este tipo de câncer tem 100% de chances de cura. Isso evidencia a importância da realização do exame para prevenção e diagnóstico do câncer de colo do útero”, comenta Monique.

Além de identificar a presença de lesões precursoras do câncer e infecção pelo HPV, que antecedem o aparecimento da doença, o Papanicolau também aponta outras infecções que demandam tratamento.

PRESTADORES – Em 2013, a Secretaria estadual da Saúde ampliou o número de prestadores do SUS para análise de exames preventivos de câncer de colo do útero e mama. Atualmente, o Estado conta com 43 laboratórios credenciados.

A Secretaria acompanha a avaliação constante desses laboratórios. “Além de ampliar o número de prestadores, também garantimos a qualidade do serviço oferecido à população. Mediante qualquer irregularidade, os contratos são suspensos”, explica a chefe da Divisão de Atenção às Neoplasias, Janine Trompczynski.

GRUPO – Para incentivar ainda mais o monitoramento interno da qualidade nos laboratórios, foi criado o Grupo de Estudos em Citologia (Gecito). Em parceria com instituições da área de farmácia e citologia, o grupo reúne profissionais que fazem os exames pelo SUS para aulas práticas e teóricas, discussão de casos e troca de experiências.

“Chamamos professores renomados de todo o país e nos reunimos a cada dois meses com o objetivo de melhorar ainda mais a qualidade dos exames de citologia oferecidos pelo SUS. Um serviço qualificado traz resultados diretos na prevenção do câncer do colo do útero e mama das mulheres paranaenses”, comenta o prestador e integrante do grupo, Maurício Turkiewicz.

O grupo existe desde 2014, em uma parceria com o Conselho Federal de Farmácia, Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná, Sociedade Brasileira de Citologia Clínica, Associação Paranaense de Farmacêuticos e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná. O próximo encontro está marcado para dezembro e o tema será ‘Controle Interno de Qualidade’.