SAÚDE

Governo discute normas para vacinação em farmácias no Paraná

Governo discute normas para vacinação em farmácias no Paraná
Reunião aconteceu nesta terça-feira (13), em Curitiba

Propostas para a regulamentação de normas sobre a aplicação de vacinas em farmácias foram discutidas em Curitiba. A reunião contou com a presença de representantes da Vigilância Sanitária Estadual, Conselho de Farmácia do Paraná, Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado do Paraná e clínicas de imunização.

“A Secretaria da Saúde está propondo critérios para aplicação de vacinas em farmácias, pois a lei federal permite que isso aconteça, mas não define regras”, explica o chefe da Vigilância Sanitária Estadual, Paulo Costa Santana. Segundo ele, é necessária de intervenção do Estado para garantir a qualidade e segurança dos produtos e das pessoas que utilizarão este serviço.

A consulta pública nº 001/2016 aborda questões referentes às condições físicas, técnicas e sanitárias para guarda, comercialização e administração das vacinas nos ambientes farmacêuticos. “As farmácias deverão ter uma sala de vacina própria para aplicar esse tipo de medicamento, possuir equipamento específico para armazenamento e garantir o registro de todas as aplicações realizadas”, diz Santana.

Para o gerente do Centro de Informação sobre Medicamentos do Conselho Regional de Farmácia do Paraná, Jackson Rapkiewicz, as vacinas exigem cuidados diferenciados dentro das unidades. “Esse tipo de produto deve ser mantido sob refrigeração em equipamentos específicos com pouca variação de temperatura, isso garante que a vacina mantenha a mesma qualidade de quando saiu da fábrica”, afirma.

O documento começou a ser elaborado no início de 2016, deve ser finalizado até o fim deste ano e entrar em vigor em 2017. “Uma resolução como essa é fundamental para que as farmácias possam realizar um trabalho com ética e precisão, e quem mais ganha com isso é o consumidor”, afirma o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Paraná, Edenir Zandoná Júnior.

“Quando ocorrem surtos, por exemplo, as clínicas de vacinação não dão conta de atender a demanda. Então, não temos a intenção de proibir as salas de vacina em farmácias, mas é necessário normatizar os pré-requisitos para que isso ocorra conforme nas clínicas”, garante o vice-presidente da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas, Marcus Túlio Nunes França.