Maringá recebeu a Tocha Olímpica nesta quarta-feira (29) com uma programação diversa de cultura e esporte para a comunidade, reunindo milhares de pessoas da cidade e região que acompanharam o percurso do símbolo Olímpico. A Tocha foi acesa pela primeira vez por volta das 10h30 na avenida Gaspar Ricardo e conduzida por 39 pessoas que participaram do revezamento. Os condutores foram indicados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e pelos patrocinadores oficiais dos Jogos. O campeão do Concurso de Redação “O Brasil e os Jogos Olímpicos”, Carlos Henrique, estava presente no início do revezamento e falou sobre a oportunidade de participar do evento. “Participei de um concurso nacional, onde quem fizesse a melhor redação iria ter a oportunidade de conduzir a Tocha. Fui selecionado, recebi a notícia pelo Ministério do Esporte e estou completamente feliz e lisonjeado por fazer parte desse momento”, disse. O concurso foi organizado pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação (Consed). Pessoas de todas as idades compareceram ao estádio Willie Davids para prestigiar a programação, que foi realizada pela Prefeitura por meio da atuação de diversas Secretarias Municipais. Ao todo, mais de 15 atrações foram apresentadas durante o percurso e também no encerramento. Os paratletas, Diego Corrêa e Alisson Jhonatan dos Santos, contaram que estavam muito felizes pela oportunidade. “É grandioso para a cidade receber a Tocha Olímpica, desejo muito sucesso para todos nossos atletas durante os jogos, em agosto”, disse Corrêa, que atualmente luta judô e já participou de competições internacionais. “A Tocha é magnífica, não pensei que fosse tão bonita pessoalmente. É algo inédito para mim, foi fantástico vê-la”, afirma Santos, campeão no jogos Parajap′s em 2012.
Comunidade Também estiveram no estádio prestigiando o momento o aposentado, Olímpio Zezuíno de Oliveira e a vendedora, Edite Lourenço Silva Bravo. “Tenho 71 anos de idade e é a primeira vez que vejo a chama Olímpica tão de perto, achei muito bonita. Fiquei muito feliz, aliás, veja o meu nome: me chamo Olímpio, já nasci no clima”, divertiu-se Oliveira. Já para Edite, foi uma emoção participar desse evento. “Eu amei, fiquei muito emocionada, foi como se eu estivesse lá nas Olimpíadas, quase chorei. Parabéns para nossa cidade por promover o evento, foi um orgulho a Tocha passar por aqui”, comentou ela, complementando: “Se eu chegar a morrer amanhã, com certeza, foi um sonho realizado”. As argentinas Florenza Gaieeino e Yanisei Delgado, que estão morando na cidade há um ano, estavam ansiosas com a passagem da Tocha. “Mudamos para Maringá para estudar e quando soubemos que a chama passaria aqui, combinamos de prestigiar. Esse é um momento memorável e imperdível. A festa para recepção da Tocha está linda”.
ConcentraçãoA passagem da Tocha pela cidade é, antes de tudo, um momento especial de integração. No momento da concentração, antes de a festa iniciar, alguns condutores estavam ansiosos, porém, felizes e animados. Foi o caso do ex-atleta da Seleção de Voleibol, João Alexandre Ribeiro, mais conhecido como “Kiko”. “É difícil explicar, estou ansioso demais e ao mesmo tempo me sinto privilegiado e abençoado. É um momento especial para mim, só de imaginar que vou carregar um dos maiores símbolos Olímpicos, já é o suficiente para tanta alegria”, disse.
Para o professor e doutor em atividade física e adaptada para deficientes, Décio Calegari, participar do revezamento foi gratificante. “A passagem da Tocha na cidade é muito importante, visto que, Maringá vive um momento muito grandioso na área do paradesporto. Representar todos os maringaenses e em especial os deficientes físicos, me deixa feliz e realizado”, pontuou. O campeão olímpico de vôlei, Ricardo Bermudez Garcia (Ricardinho), também falou sobre a importância do evento para a cidade. “É um prazer imenso representar a cidade nesse revezamento, tenho certeza que esse momento ficará marcado na história de Maringá e principalmente na minha. Que a partir dessa passagem da Tocha, os maringaenses possam entrar no clima olímpico e juntos incentivar ainda mais o esporte”, destacou.CulturaA Secretaria Municipal de Cultura (Semuc) promoveu três apresentações culturais durante a passagem da Tocha Olímpica, atividades essas que foram prestigiadas por centenas de pessoas. O Circo Teatro Sem Lona e o grupo de Capoeira do Centro Cultural Sucena realizaram ações no Centro de Convivência Deputado Renato Celidônio e a Camerata da Unicesumar fez o show no estádio Willie Davids, ponto final da passagem da Tocha pelo município. “É importante a participação da Cultura nesse momento. Enquanto aguardava, o público foi presenteado com atrações culturais proporcionadas por grupos tradicionais de Maringá. Isso foi importante tanto para o público quanto para os artistas, e mostra a nossa cidade como acolhedora, alegre, artística e organizada. Principalmente as crianças adoraram o espetáculo e as intervenções. A parceria entre o esporte e a cultura foi um sucesso”, destacou a secretária de Cultura, Olga Agulhon.
Assistência SocialA Secretaria de Assistência Social e Cidadania (SASC), por meio da equipe da Diretoria de Programas Sobre Drogas, realizou o projeto Plantão de Prevenção e entregou o Estatuto da Juventude na entrada do estágio Willie Davids para a comunidade que foi prestigiar o evento. A ação fez parte da 16ª Semana Municipal de Prevenção Sobre Drogas, que teve início no dia 26 de junho e segue até o dia 1º de julho, com a realização de aproximadamente 30 atividades sobre o tema.Encerramento O símbolo das Olimpíadas teve como destino final em Maringá a Vila Olímpica. O prefeito Roberto Pupin e demais autoridades prestigiaram a chagada da Tocha no palco montado dentro do estádio Willie Davids. Antes da chegada da chama, o público pode prestigiar a apresentação da Camerata da Unicesumar, a Banda Fanfarra, do Instituto Adventista Paranaense (IAP), Banda LowBass, Banda Nós, Banda Amí, Levy Júlio e Samuel Amaro. O grupo Prodances Hiphopstyle, do projeto desenvolvido pela Secretaria de Assistência Social e Cidadania (SASC), também participou. O atleta Guilherme Santana foi o último a conduzir a chama Olímpica em Maringá, que foi depositada na lanterna e seguiu no comboio oficial do Comitê para Campo Mourão. Emocionado, Santana agradeceu a oportunidade de participar da tradição das Olimpíadas. “Esse é um momento único e de muita emoção para mim e todos os maringaenses. Só tenho a agradecer a oportunidade de carregar a Tocha”.