SAÚDE

Unidades Básicas de Saúde iniciam Campanha de Vacinação

Unidades Básicas de Saúde iniciam Campanha de Vacinação
Campanha prossegue até o dia 20 de maio
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Maringá, exceto a do Olímpico que passa por reforma, e a Sala de Vacina da Secretaria de Saúde iniciaram nesta segunda-feira (25) a Campanha de Vacinação contra a Influenza para os grupos de risco. O dia D de Mobilização da Campanha será promovido no sábado (30), na Sala de Vacina e em todas as UBS′s, atendendo das 8 às 17 horas. A Campanha contra a Influenza prossegue até o dia 20 de maio e tem a meta de vacinar mais de 112 mil pessoas na cidade.

O secretário de Saúde, Ênio Molina, falou da importância das pessoas que têm o direito à vacina procurarem as Unidades Básicas de Saúde do bairro que moram. “Destinamos um número de vacina para cada UBS de acordo com as fichas cadastrais nas unidades, por isso pedimos que as pessoas que são do grupo de risco se direcionem a essas UBS′s, o que pode ajudar a evitar grandes filas em determinados locais”.

Somente nesta segunda-feira (25) cerca de mil pessoas procuraram a Sala de Vacina da Secretaria de Saúde. “Não há a necessidade de formação de fila nos pontos de vacinação, pois o Ministério da Saúde garantirá vacina para todas as pessoas que estão incluídas nos grupos de risco. Lembrando ainda que optar por locais arejados e com ventilação, lavar as mãos frequentemente ou higienizar com álcool em gel, evitar locais de grande aglomeração e cobrir com o braço o nariz e a boca no momento em que for tossir ou respirar são fundamentais para a prevenção”.

O secretário Ênio também mencionou que os principais sintomas da doença são falta de ar, respiração ofegante, cansaço, vômito e dor abdominal. A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, que pode levar ao agravamento e ao óbito, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção, que são os grupos de riscos.

Campanha

Devem ser vacinadas todas as crianças com idade entre seis meses e menores de cinco anos, gestantes, mães com filhos de até 45 dias de idade, trabalhadores da saúde, pessoas com 60 anos ou mais, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, pessoas de 5 a 59 anos portadoras de doenças crônicas e indígenas. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde para a campanha é imunizar pelo menos 80% de cada um dos grupos prioritários para a vacinação.

Grupos

Todas as crianças que receberam uma ou duas doses da vacina da influenza sazonal em 2015, devem receber apenas uma dose em 2016. Também deve ser considerado o esquema de 2 doses para as crianças de 6 meses a menores de 9 anos de idade que serão vacinadas pela 1ª vez, devendo-se agendar a 2ª dose para 30 dias após a 1ª dose. População total a ser vacinada em Maringá nesse grupo é de 19.855.

As gestantes devem ser vacinadas em qualquer idade gestacional. Para este grupo não haverá exigência quanto à comprovação da situação gestacional, sendo suficiente para a vacinação que a própria mulher afirme o seu estado de gravidez. Em Maringá devem ser vacinadas 3.692 gestantes.

No caso as puérperas, serão vacinadas todas as mulheres no período até 45 dias após o parto. Para isso, deverão apresentar documento que comprove a gestação (certidão de nascimento, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto, entre outros) durante o período de vacinação. Portanto, deverão ser vacinadas todas as mulheres que ganharam bebê a partir de 11 de março. Devem ser vacinadas 607 puérperas.

Trabalhadores de saúde dos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis de complexidade, também tem direito à imunização. Estes trabalhadores poderão ser vacinados nas UBS e na Sala de Vacina da Secretaria de Saúde conforme listagem nominal entregue por cada serviço, e no momento da vacinação será necessária comprovação (crachá com foto, carteira profissional, holerite, declaração do empregador). A previsão é vacinar 14.953 deste grupo.

No caso dos idosos vão receber a vacina os indivíduos com 60 anos ou mais de idade, totalizando 44.628 pessoas. Para a população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, a previsão é de imunizar 2.015 pessoas. Quanto aos indígenas a vacinação será indiscriminada para toda população, a partir dos seis meses de idade. Não consta população a ser vacinada em Maringá por não ter aldeia na região.

Para pessoas de 5 a 59 anos que são portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (conforme indicação do Ministério da Saúde em conjunto com sociedades científicas), mantém-se a necessidade de prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina, que deverá ser apresentada no ato da vacinação. População total a ser vacinada desse grupo em Maringá é de 26.938 pessoas. Pacientes já cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) devem se dirigir aos postos que estão cadastrados para receberem a vacina. Caso no local de atendimento onde são atendidos regularmente não tenha um posto de vacinação, devem buscar a prescrição médica na próxima consulta que estiver agendada, visando garantir esse documento com antecedência, para evitar filas no período da vacinação.

Pacientes crônicos que são atendidos na rede privada ou conveniada, também devem buscar a prescrição médica com antecedência, junto ao seu médico assistente, devendo apresentá-la nos postos de vacinação durante a realização da campanha de vacinação de 2016. A apresentação da prescrição médica será obrigatória para o grupo de comorbidade, durante a campanha.

A recomendação da Secretaria de Saúde para as pessoas com direito à vacina é procurar a Unidade Básica de referência para o bairro onde mora dentro do período da campanha. O secretário de Saúde de Maringá, Ênio Molina, adianta que a vacina tem um período para iniciar a proteção, e a imunização agora vai proteger a pessoa no início do inverno, quando as temperaturas estarão mais baixas e a circulação do vírus maior.

Influenza

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém‐contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto a boca, olhos e nariz.

A doença pode ser causada pelos vírus influenza A, B e C. Os tipos A e B sofrem frequentes mutações e são responsáveis pelas epidemias sazonais, também por doenças respiratórias com duração de 4 a 6 semanas e que, frequentemente, são associadas com o aumento das taxas de hospitalização e morte por pneumonia, especialmente em pacientes que apresentam condições e fatores de risco. O vírus C raramente causa doença grave.