A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), aferida mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), ficou em 89,1 pontos no Paraná em setembro. A média nacional registrou 79,8 pontos neste mês. Ainda que sutil, o indicador apresentou pequeno aumento na comparação com agosto, quando marcava 88,8 pontos.No entanto, o indicador ainda está abaixo da pontuação ideal, que seria acima de 100. Em um ano, a ICF caiu 33,85% no Paraná. A melhora do indicador neste mês foi puxada pela percepção das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos, que passaram de 89,3 pontos em agosto para 90,5 em setembro. Já nas famílias com maior poder aquisitivo, a ICF se manteve em queda, pontuando em 82,7 neste mês, enquanto em agosto era de 86,7 pontos.
EmpregoA situação no emprego atual é definida como mais segura para 34,6% das famílias e semelhante ao do ano passado para 40,9%. No mesmo período de 2014, 51,9% dos entrevistados tinham essa opinião. Os que se declaram menos seguros com relação ao emprego somam 21,7%.Por outro lado, apenas 32,9% acham que terão alguma melhora no salário ou cargo nos próximos meses e para 57,3% a perspectiva profissional é negativa.
Situação de RendaApesar da crise, 65,8% dos paranaenses avaliam que a renda familiar está melhor do que no mesmo período de 2014; para 20,6% permanece inalterada e para 13,5% está pior.
Acesso a créditoPor outro lado, o acesso ao crédito ou empréstimos tem sido mais difícil para 47,9% dos consumidores, especialmente para aqueles com renda superior a dez salários mínimos (54,4%) ante as famílias com rendimentos abaixo desse patamar (46,5%). As restrições ao crédito foram se agravando, tanto que neste mês apenas 27,2% das famílias acreditam que está mais fácil conseguir um empréstimo, bem diferente de setembro do ano passado, quando 71,6% dos entrevistados afirmavam ter mais facilidade de acesso ao crédito.
ConsumoQuanto ao consumo propriamente dito, 55,2% estão comprando menos do que no passado, antes 22,5% dos entrevistados que afirmam estar gastando mais. Outros 21,9% disseram que estão mantendo o mesmo nível de consumo.E o plano é comprar cada vez menos. A maioria das famílias, 80,7%, pretende reduzir os gastos, e somente 12,6% intencionam consumir mais.
Momento para Consumo de Bens duráveisPara 48,1% das famílias este ainda é um bom momento para a aquisição de bens duráveis, mas esse índice era de 70% em setembro do ano passado.