O prefeito Roberto Pupin apresentou segunda-feira (27), na Acim, a proposta de controle das vagas regulamentadas de Maringá com parquímetros. “Vamos democratizar o espaço urbano, melhorar a oferta de vagas de estacionamento e a mobilidade nas áreas de maior fluxo de tráfego”, afirmou o prefeito. Acompanhado do diretor da Associação Brasileira de Estacionamentos, Adelcio Antonini, do coordenador do Programa Pró-Cidades, Leopoldo Fiewski, do secretário de Trânsito e Segurança, Ideval de Oliveira, o prefeito adiantou a ideia de apresentar à sociedade civil organizada os vários modelos existentes de parquímetro. Pupin mostrou que hoje são pouco mais de 5,2 mil vagas regulamentadas, com potencial de 30 mil usuários em seis horas. Porém, segundo o prefeito, a “taxa de respeito” não passa de 30% porque as pessoas arriscam parar sem o cartão e nem sempre são notificadas. “Boa parte das cidades médias já utilizam sistemas eletrônicos para controlar as vagas regulamentadas, e Maringá é uma cidade inovadora com vários projetos exemplos para o Brasil, e não vamos ficar atrás nessa área”, afirmou Pupin. O debate inclui ainda a forma de operação do sistema, com a possibilidade de concessão do serviço. A concessão, explicou o diretor da Associação Brasileira de Estacionamentos, Adelcio Antonini, permite a atualização da tecnologia sempre que surgirem novidades no mercado. Antonini enumerou as vantagens do sistema de controle por parquímetro, começando pela maior oferta de vagas, passando pela facilidade de encontrar estas vagas, evitar estacionar o veículo em local inadequado, menor circulação com maior mobilidade, pagamento apenas do tempo de uso do espaço e maior acessibilidade ao setor comercial e de serviços. “Mais de 50 cidades brasileiras controlam as vagas regulamentadas com parquímetro, com uma gestão mais eficiente e fácil dos espaços”, afirmou.
Dependendo do sistema adotado, segundo Antonini, o usuário terá condições de acionar e pagar o serviço pelo celular, além de diversos outros recursos. Além disso, a tecnologia atual permite aos tótens aceitar várias formas de pagamento e outros serviços, como a compra de passe do transporte coletivo. “Algumas tecnologias permitem o usuário verificar as condições de oferta de vagas nas áreas regulamentadas, o que evita a circulação excessiva de veículos em alguns trechos de vias”, compara. O sistema informatizado, completa Antonini, traz vantagens não apenas para o usuário. O gestor terá mais condições de controle no uso dos espaços regulamentados e mais transparência e controle total da arrecadação. Antonini destaca ainda a vantagem de atualização da tecnologia conforme a necessidade do sistema, especialmente no caso da concessão do serviço. “O objetivo não é arrecadar mas provocar o rodízio no uso das vagas, e neste aspecto o parquímetro mostra mais eficiência”, garantiu. O prefeito Pupin adiantou que vários sistemas estão sendo analisados. “Inclusive já viemos aqui na Acim para debater esse assunto, e deixamos claro mais uma vez que o objetivo é o parquímetro se somar a outros projetos de trânsito, democratizando o espaço urbano, garantindo maior mobilidade e atraindo as pessoas para as áreas comerciais”, afirmou o prefeito, reforçando que a intenção é um modelo que cumpra o papel social. O presidente do Sindimetal e diretor da Fiep, Carlos Walter Martins Pedro, reforçou a urgência em substituir o sistema atual e elogiou a iniciativa da administração em buscar a melhor alternativa. “O uso de cartelas está ultrapassado e não traz a função de controle das vagas regulamentadas, e um sistema informatizado com certeza trará a rotatividade necessária”, afirmou. O presidente da Acim, Marco Tadeu Barbosa, agradeceu a disposição do prefeito em apresentar aos conselhos superior e de administração da entidade o projeto de parquímetros, e defendeu o sistema no controle do estacionamento regulamentado. “Precisamos de um rodízio efetivo nas vagas controladas inclusive para melhorar o acesso às empresas instaladas nestas áreas”, afirmou.