IPTU

Contribuintes não conseguem pagar IPTU 2006

A maior parte dos 125 mil carnês de IPTU de 2006 já foram entregues para os contribuintes maringaenses, que este ano receberam os carnês em casa, sem precisar enfrentar filas como ocorreu no ano passado.

Mas ontem, mesmo com os carnês nas mãos, ninguém conseguiu fazer o pagamento do tributo.

Nas agências bancárias e nas casas lotéricas estão ocorrendo erros na leitura do código de barras impresso nos carnês.

Após passar por um banco privado, o mestre de obras Almiro Aparecido Martins foi até uma casa lotérica, mas teve uma segunda tentativa frustrada de quitar o imposto.

"É uma barbaridade.

Depois vão ficar atrás mandando cartinhas", criticou.

O problema, que deixou Martins e inúmeros outros contribuintes que tentaram quitar o IPTU ontem irritados, pode estar na confecção dos carnês, que foram impressos em uma gráfica de São Paulo.

O secretário de Fazenda da Prefeitura de Maringá, Paulo Trisóglio do Nascimento, disse que não sabe afirmar a origem do erro, que pode custar aos cofres públicos cerca de R$ 50 mil - valor pago pela confecção dos 125 mil boletos - caso todos os carnês tenham de ser impressos novamente.

"Não tenho certeza absoluta do problema.

Hoje deveremos ter uma resposta", disse o secretário no final da tarde de ontem, após passar a maior parte do dia em reunião com representantes dos bancos e em contato telefônico com a gráfica paulista.

No início da tarde, ele chegou a afirmar a reportagem que o Banco do Brasil seria a única instituição que estaria conseguindo receber o tributo e que o problema estaria no sistema das outras instituições.

"Está funcionando no Banco do Brasil.

Nos outros bancos o problema é interno", disse.

Mas no final da tarde, Nascimento admitiu que nem mesmo o Banco do Brasil conseguiu receber o IPTU ontem.

"Nenhum banco funcionou", retificou.

O IPTU, que é uma das principais fontes de arrecadação do município, representa cerca de 19% do orçamento de Maringá.

No total, são R$ 74 milhões de IPTU dentro de um orçamento estimado para 2006 de aproximadamente R$ 387 milhões.

Ontem, o secretário de Fazenda também retificou outra informação que havia afirmado a reportagem anteontem.

Na tarde de segunda-feira, Nascimento afirmou que o reajuste máximo do IPTU 2006 seria de 1,8%, mas ontem ele admitiu que este é um reajuste médio.

"Em alguns casos, devido a valorização do imóvel, o reajuste chega a no máximo 6%", afirmou.

No entanto, ele fez questão de frizar novamente que muitas pessoas terão uma redução no valor do imposto cobrado.

A princípio, as datas para pagamento com desconto continuam as mesmas: 15% de redução para pagamentos à vista até 26 de janeiro e 10% para pagamentos à vista até 13 de fevereiro.