ENSINO SUPERIOR

Engenharia de Produção da UEM passa a ser integral. A medida vale já para o próximo vestibular.

A próxima turma que ingressar no curso de Engenharia de Produção, oferecido no câmpus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM), fará a graduação em tempo integral. O Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP) da instituição aprovou a alteração do horário de funcionamento do curso em reunião realizada em 26 de março. A medida foi regulamentada em Resolução do CEP, passando a vigorar já para o Vestibular de Inverno 2014, cujas inscrições permanecerão abertas até o dia 23 deste mês.

O curso foi aprovado em 2000, com a oferta em quatro ênfases: Agroindústria; Confecção Industrial; Construção Civil; e Software. Com esse modelo ele passou a atender tanto aos anseios das grandes cooperativas agroindustriais da região, quanto às necessidades de planejamento, qualidade e logística na construção civil e de melhoria nos processos e os produtos acabados das indústrias de confecção da região, bem como suprir a carência de profissionais qualificados para atuarem na produção de softwares.

O chefe do Departamento de Engenharia de Produção, professor Carlos Antonio Pizo, acredita que a mudança irá aumentar a procura para o curso, cuja concorrência varia entre 10 e 15 candidatos por vaga, conforme a ênfase escolhida. Pizo destaca que a mudança se deu com base no estudo de uma comissão, formada em outubro do ano passado. “Pelas características do próprio curso, o desempenho exigido é alto e a carga horária fora de sala de aula acaba sendo grande, adaptando-se mais a um regime integral”, frisa o professor.

Pizo também reconhece que a alteração no turno irá mudar o perfil do aluno, excluindo aqueles que, para fazer um curso superior, mesmo em uma instituição pública como a UEM, precisam trabalhar. No entanto, com base nos últimos questionários socieconômicos, preenchidos no ato da inscrição para o vestibular, 90% dos aprovados em Engenharia de Produção declaram que não teriam necessidade de trabalhar durante a graduação. Anualmente, são oferecidas 120 vagas, sendo 30 vagas em cada uma das ênfases. O número de formandos, segundo Pizo, é praticamente o mesmo. Atualmente, o curso conta com mais de 500 alunos regularmente matriculados.