Roda de Choro representou UEM no Chile.
Os mais variados instrumentos estão presentes, do cavaquinho ao saxofone, do violoncelo ao pandeiro.
Um projeto de música brasileira do Departamento de Música (DMU), que vem promovendo rodas de choro abertas semanais, oficinas, pesquisa e apresentações artísticas, acaba de representar a UEM em um evento internacional.
O projeto de extensão Roda de Choro: música brasileira na comunidade, que acaba de regressar de Santiago, Chile, com cinco alunos e a coordenadora, professora Andréia Veber, participou da etapa latinoamericana da ISME 2013 (International Society for Music Education).
Na ocasião, foi apresentado um artigo e foram feitas duas apresentações musicais. "Ter apresentação artística selecionada, fazer duas apresentações para platéias de músicos e obter o reconhecimento que obtivemos é muito gratificante. O resultado que apresentamos chamou muito a atenção e recebemos propostas para fazer intercâmbios. O coordenador do evento me procurou emocionado logo após a primeira apresentação", lembra Veber.
Sergio Figueiredo, membro da diretoria executiva da ISME, colocou que o choro "ofereceu momentos muito significativos para o público presente, evidenciando a qualidade do trabalho realizado, assim como divulgou esta manifestação tão brasileira que é o choro". A coordenadora explica que o projeto se iniciou neste ano, mas que funcionou como uma ação de um projeto maior entre 2011 e 2012. A principal ação do projeto é uma roda de choro aberta à comunidade, acontecendo todas as segundas-feiras no Bloco 8, sala 11, das 18h30 às 20 horas.
Os participantes podem tocar ou assistir. Constantemente visitam a roda instrumentistas ligados ou não ao choro, ouvintes e também cantores para serem acompanhados em repertório afim, como samba, bossa-nova, valsas. Mesmo o choro sendo um gênero instrumental, grupos de choro tradicionalmente acompanham cantores. A roda é acústica e acontece em clima de informalidade.
Os envolvidos no projeto ficam à disposição durante a roda para auxiliar os músicos menos experientes. Veber explica que o choro é o gênero musical urbano mais antigo do País, com raízes em meados do século XIX como um abrasileiramento do repertório de danças europeias (como a polca). No final do século já havia se cristalizado uma maneira de tocar e compor: uma música instrumental de alta exigência técnica, ora sentimental, ora vibrante, ora "maliciosa". “O gênero é ingrediente na formação da música popular brasileira urbana, como o samba e a bossa-nova. Durante o século XX, a Rádio Nacional e as rádios locais tinham seus conjuntos regionais, onde os chorões tocavam ao vivo e acompanhavam cantores nos mais diversos estilos musicais e isso deixou marcas profundas na música popular.
Para ilustrar, é interessante lembrar que Tom Jobim compôs inúmeros choros e Luiz Gonzaga viajou ao Rio de Janeiro justamente para se juntar a um conjunto regional de choro”.
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