MEIO AMBIENTE

Meio Ambiente fecha reserva do Borba Gato

Técnicos da Secretaria de Meio Ambiente fecharam a reserva do conjunto Borba Gato. A medida preventiva faz parte de um

conjunto de ações adotadas em parceria com a Vigilância Sanitária e Saop para diminuir a incidência do mosquito flebótomo na região.

O flebótomo é o mosquito transmissor da leishmaniose, doença que já contaminou oito moradores do bairro neste ano. No final do ano passado, quando as ações preventivas tiveram início no local, foram retiradas perto de 20 toneladas de lixo nas áreas próximas à mata. Além da limpeza, os moradores foram orientados sobre a necessidade de impedir que o mosquito se aproxime das casas, evitando o acúmulo de lixo nos quintais, vedando as janelas com telas protetoras e canalizando o esgoto doméstico para fossas

ou rede pública.

O uso de repelentes de insetos nas regiões do corpo que ficam descobertas também foi sugerido. Os moradores das 18 casas localizadas na faixa de risco, que fazem divisa com a mata serão convidados a participar de uma palestra com técnicos da Vigilância Sanitária. Na pauta, os riscos a que estão sujeitos com a presença do mosquito na região e a necessidade dos cuidados com a limpeza das casas e dos quintais.

A leishmaniose tegumentar americana (LTA), também conhecida como ferida brava é causa pelo parasita leishmânia. A ferida tem forma arredondada,cor avermelhada e geralmente não dói. A doença é transmitida pelo mosquito flebótomo, conhecido por mosquito palha, birigui, cangalhinha,

bererê, tatuquira, asa branca ou asa dura. O mosquito ataca à tarde e á noite.

O adulto vive de 15 a 30 dias, voa em zigue-zague e pousa a todo momento. A fêmea coloca de 40 a 70 ovos em local úmido e seu ciclo de reprodução é de 30 a 90 dias. Apesar de infecciosa, a doença não é contagiosa e afeta o homem e animais silvestres, entre eles o cachorro, cavalo, tatu, tamanduá, gambá, roedor, bicho-preguiça e mosquitos.

A leishmaniose tem cura, mas quando não tratada ou cuidada de forma incorreta pode incubar e as feridas aparecerem nas mucosas do nariz, boca e garganta. O tratamento pode ser feito na rede pública de saúde.

O mosquito da leishmaniose vive em faixas de matas tropicais e áreas ribeirinhas. A incidência deste inseto na zona urbana é cada vez mais comum, já que na zona rural o habitat natural da espécie foi destruído com a derrubada das matas.

PMM