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Parque Nipo-brasileiro vai abrigar o esporte, as artes e um jardim japonês

Com o objetivo de dar seqüência ao projeto do Parque Nipo-brasileiro, o prefeito Silvio Barros se reuniu na última sexta-feira com representantes da colônia nipônica e diretores da Associação Cultural e Esportiva de Maringá (Acema).

A estrutura terá arquitetura japonesa, mas será concebida para atender toda a comunidade e para atrair turistas.

A obra será levantada num terreno de 100 mil metros quadrados entre o Jardim Industrial e o Parque Itaipu, onde serão construídos um centro esportivo, teatro, salão comunitário e, ao lado, um jardim japonês, projetado por especialistas da cidade de Kakogawa.

O terreno, segundo o prefeito, não teve custo aos sofre públicos.

"Fizemos um acordo com os proprietários do terreno, que terão vantagens na valorização da áreas próximas ao empreendimento".

De acordo com o chefe do Executivo, "o primeiro passo será a construção do teatro, cujos recursos poderão ser reivindicados junto do Governo Federal, aproveitando os incentivos da Lei Rouanet".

Além do teatro, será construído um centro de eventos (salão comunitário), pavilhão para esportes como judô, karatê e , provavelmente a difusão do sumô, uma das mais tradicionais artes marciais japonesas.

SUMÔ: a origem do sumô funde-se com a própria origem mitológica do Japão.

Os registros indicam que o sumô nasceu há pelo menos dois mil anos atrás.

Conta-se que o arquipélago, atual território japonês, tinha suas ilhas habitadas por diferentes povos e cada uma possuía seus próprios deuses.

Lenda ou não, registra-se que, por volta do século V, o soberano de todas as ilhas seria definido através da luta de sumô.

De confronto em confronto, surgiu Takemi Kazuchi, um Deus de força monstruosa, rei absoluto por vários séculos.

Assim, essas ilhas e tribos rivais acabaram se fundindo num único povo.

Até os dias atuais, a prática do sumô conserva e preserva valores e conceitos fundamentais através dos ritos de abertura, apresentação de seus lutadores, simbolismo do sal, da água, dos cumprimentos e reverências entre outros signos que cercam essa manifestação cultural.

No Brasil, o sumô é praticado, desde a vinda dos primeiros imigrantes japoneses, como uma forma de manter a cultura, hábitos, costumes e o convívio com as pessoas da terra natal, mantendo assim a tradição e a memória.

O que era celebrado dentro da comunidade nipo-brasileira, ganhou adeptos dos não descendentes, propiciando a integração dos povos e a divulgação dessa prática esportiva.

Pmm