EDUCAÇÃO

Educação inclusiva começa a ser debatida em Maringá

Foi aberto ontem (29) pela manhã no Cine Teatro Plaza, em Maringá, o II Programa de Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, desafio lançado pelo Ministério da Educação (MEC) em 114 municípios-pólo em todo País, que serão os multiplicadores para outras 2 mil cidades.

A programação se estende até a próxima sexta-feira (2 de setembro), com palestras e debates envolvendo representantes de 20 municípios da região.

A solenidade de abertura contou com a presença do prefeito Silvio Barros, da secretária de Educação do Município, Norma Deffune, da chefe do Núcleo Regional de Educação, Adelaide Colombari, da vereadora Edith Dias, que representou a Câmara Municipal, do promotor de defesa do meio ambiente e dos direitos do deficiente, Ilecir Heckert, do presidente do Conselho Municipal dos Direitos da pessoa com Deficiência (CMDPD), Claudinei dos Santos e representantes de outras entidades.

O principal objetivo do programa é viabilizar o processo da Educação Inclusiva no município-pólo e seus municípios da área de abrangência.

Coordenado pelo MEC, por meio da Secretaria de Educação Especial, o programa visa capacitar gestores e educadores para garantir o direito dos alunos com necessidades educacionais especiais de freqüentar e permanecer nas escolas de ensino regular.

O discurso acerca da inclusão de pessoas com deficiência na escola, no trabalho e nos espaços sociais em geral, tem-se propagado rapidamente entre educadores, familiares, líderes e dirigentes políticos, nas entidades e nos meios de comunicação.

Isto não significa que a inserção de todos nos diversos setores da sociedade seja prática corrente ou uma realidade.

As políticas públicas de atenção a este segmento, geralmente, estão circunscritas ao tripé educação, saúde e assistência social, sendo que os demais aspectos costumam ser negligenciados.

O desafio está apenas começando.

As autoridades que participaram da abertura do Programa de Educação Inclusiva, concordam que ele é necessário e urgente, mas que, ao mesmo tempo, não poderá ser implantado da noite para o dia.

Para o prefeito Silvio Barros "primeiro é preciso entender as pessoas com necessidades especiais para depois implantarmos o programa de inclusão".

O chefe do Executivo vai mais além afirmando que "não basta apenas incluir essas pessoas no sistema educacional, mas também prepará-las para a vida".

E acrescenta: "O processo deve ser legítimo, democrático e salutar".

A secretária de Educação do Município, Norma Deffune, acredita que "a semana servirá para debates e reflexões profundas sobre de que inclusão estamos falando, já que o assunto já vem sendo debatido há décadas em nosso País".

Para ela, o processo é delicado e não pode ser implantado a toque de caixa. "Não se impõe a cultura de inclusão de forma repentina", afirma.

A educação inclusiva é um movimento que compreende a educação como um direito humano fundamental e base para uma sociedade mais justa e solidária.

Pmm