ECONOMIA

Veículos impulsionam as vendas e o varejo no Estado cresce quase 16% em outubro

As vendas no comércio varejista cresceram 15,8% em outubro, contra 14,5% na média nacional, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Excluídas as vendas de veículos, motos e material de construção, o volume de comercialização dos estabelecimentos de varejo paranaenses subiu 8,4%.

Na avaliação ampliada, o Paraná obteve o terceiro melhor desempenho entre os estados do Sul e Sudeste, conforme Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem. O Rio Grande do Sul registrou crescimento de 17,7% e o Espírito Santo, de 17,1%.

Os ramos que impulsionaram o varejo local foram veículos, motocicletas, partes e peças (28,9%), artigos de uso pessoal e doméstico (24,5%), combustíveis e lubrificantes (20,0%) e artigos farmacêuticos e de perfumaria (15,1%), cuja dinâmica é diretamente atrelada ao crédito e, predominantemente, ao emprego e aos salários reais. De acordo com Gilmar Mendes Lourenço, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), no caso de veículos, ocorreu interferência da vigência da redução do IPI.

Acumulados

No índice acumulado entre janeiro e outubro de 2012, o Estado apresentou variação de 10,1%, a segunda maior entre as unidades geográficas do Sudeste e Sul do País, perdendo somente para São Paulo (10,3%), e superior à média brasileira (8,5%), sustentada nos segmentos de artigos farmacêuticos e de perfumaria (22,3%), artigos de uso pessoal e doméstico (21,7%), hipermercados e supermercados (11,0%), móveis e eletrodomésticos (10,4%) e veículos, motocicletas, partes e peças (10,3%).

No indicador anual, referente aos doze meses encerrados em outubro, a evolução foi de 9,8% no Estado, contra 7,6% para o Brasil, colocando o Paraná na dianteira entre os estados do Nordeste, Sul e Sudeste do País, mais o Distrito Federal. Os acréscimos mais expressivos foram apurados em artigos farmacêuticos e de perfumaria (21,3%), artigos de uso pessoal e doméstico (20,7%), móveis e eletrodomésticos (12,1%) e hipermercados e supermercados (11,0%).

Restrito

No conceito restrito, que exclui veículos, motos e material de construção, o volume de comercialização dos estabelecimentos de varejo paranaenses subiu 8,4% no mês, 11% no ano e 11,1% em doze meses, versus 9,1%, 8,9% e 8,5%, para o Brasil.

“Os indicadores do comércio varejista do Estado, relativos a outubro de 2012, traduzem a conformação da aceleração das vendas, acoplado ao cenário de redução do custo do crédito e, por extensão, do endividamento e da inadimplência das famílias, que vem sendo operado de forma lenta, porém consistente, nos últimos meses, no País”, avaliou Lourenço.