AÇÃO SOCIAL

Programa de leitura de Maringá é finalista ao prêmio nacional Vivaleitura

Programa de leitura de Maringá é finalista ao prêmio nacional Vivaleitura
O programa desenvolve ações permanentes e outras pontuais.
O programa de incentivo à leitura Ler é Legal, desenvolvido pela Secretaria de Cultura, é um dos 10 finalistas ao prêmio Vivaleitura, da Fundação Biblioteca Nacional. O prêmio nacional envolve iniciativas públicas e privadas de todo o país e Maringá é a única finalista do Sul do Brasil.

O prêmio foi criado com o objetivo de estimular, fomentar e reconhecer as melhores experiências que promovam a leitura. É uma iniciativa do Ministério da Cultura, da Fundação Biblioteca Nacional, do Ministério da Educação e da Organização dos Estados Ibero-americanos para Educação, a Ciência e a Cultura.

Todos os anos são premiados trabalhos nas seguintes categorias: 1) "Bibliotecas Públicas, Privadas e Comunitárias"; 2) "Escolas Públicas e Privadas"; e 3)"ONGs, pessoas físicas, universidades/faculdades e instituições sociais", que desenvolvam trabalhos na área de leitura. Em cada categoria, os vencedores recebem um prêmio no valor de R$ 30 mil.

Maringá dispõe de cinco bibliotecas públicas administradas pelo município, sendo uma localizada no centro da cidade e as demais localizadas em bairros.

Em 2006 a Secretaria de Cultura fez um levantamento, por meio da relação de empréstimos de livros, identificando o público mais frequente nas bibliotecas e os tipos de leitura mais procurados. Como resultado desse levantamento, pensando em desenvolover mecanismos para incentivar ainda mais a leitura, foi criada a Gerência de Promoção da Leitura e foi elaborado o programa Ler é Legal.

Segundo a secretária de Cultura, Flor Duarte, o programa tem como objetivo promover a aproximação das bibliotecas municipais com a população e a interação da sociedade por meio da leitura, com atividades que fomentem o hábito e o prazer de ler.

“A intenção é formar novos leitores de todas as idades e classes sociais e ainda incentivar os interesses dos leitores já existentes pelos clássicos da literatura brasileira e internacional, pelos novos e bons autores, culminando com a maior participação e um aumento na quantidade de livros em circulação entre os usuários”, explicou.

Programa Ler é Legal

O programa desenvolve ações permanentes e outras pontuais abordando públicos de todas as idades, como o projeto “Biblioteca, muito prazer”, implementado com o objetivo de revitalizar os espaços da cinco bibliotecas públicas municipais, com ambiente mais atualizados e agradáveis.

Outro projeto voltado para a qualidade do atendimento é o “Agentes de transformação”, que visa oferecer formação adequada para a capacitação da equipe de trabalho das bibliotecas.

O próximo passo foi a implementação de ações de integração a biblioteca, como o “Bibliotour/Conhecendo a biblioteca”, que visa aproximar as crianças das bibliotecas públicas por meio das escolas.

Outra iniciativa voltada ao público infantil e adolescente é o projeto “Férias na biblioteca”, que disponibiliza oficinas de artesanato, arte com sucata e pintura, jogos educativos, exibição de filmes, exposição de livros e obras disponíveis no acervo bem como obras criadas pelos usuários em oficinas, de modo a manter a proximidade com os livros e a biblioteca mesmo nos períodos de férias escolares.

O programa também desenvolve atividades pontuais, aproveitando o calendário e os costumes da população a exemplo da promoção “Doce Leitura” e a promoção “Pequeno Leitor”. Estas ações acontecem na biblioteca da Vila Operária e envolve premiações para os usuários que lerem mais.

O Ler é Legal elaborou projetos permanentes como os “Clubes de Leitura”. Atualmente, existem os clubes de leitura infantil, Clubeteen (clube de leitura juvenil) e o clube de leitura adulto. Após a definição da obra, os clubes realizam encontros mensais para a discussão.

No clube infantil, a história é contada de forma artística culminando com uma atividade lúdica e debate. No clube juvenil as discussões são conduzidas como bate-bapo e gincanas em torno dos livros. E no clube adulto os encontros são baseados em conversas informais sobre os aspectos mais relevantes da obra. Todos os clubes são acompanhados por um mediador da biblioteca.

O Programa Ler é Legal, com o intuito de facilitar e colaborar para a democratização do acesso aos livros, desenvolveu os seguintes projetos “Hora da História” e “Hora da Leitura”, atividades em que um funcionário da biblioteca pública, de acordo com dias e horários determinados, realiza a contação de histórias, ou a leitura de obras literárias mediante o agendamento de usuários interessados.

Outra ação importante é o Projeto “Histórias só para você”, que tem o objetivo de atender os usuários que não tem condições de participar das ações realizadas nos dias e horários disponibilizados. O usuário interessado pode entrar em contato com a biblioteca para agendar dia e horário, de acordo com sua disponibilidade para ouvir uma história ou a leitura das obras do acervo.

Outra ação de incentivo à leitura do programa é o “Concurso melhor leitor”, que premia os leitores que se destacam durante o ano nas cincos bibliotecas. Os ganhadores recebem como premiação bolsa de estudos de inglês pelo período de um ano, entre outros prêmios oferecidos pelo patrocinador.

O Programa Ler é Legal conta ainda com “Projeto Poesia” que através de oficina com profissionais da área, ensina crianças e adolescentes a arte da poesia, que no decorrer da oficina produzem obras e as melhores são escolhidas por uma comissão. Os autores das melhores poesias, entre outros prêmios recebem um curso de redação.

Outras iniciativas recentes foram o Projeto “Uma noite na Biblioteca”, uma edição piloto ocorrida neste ano, no dia 29 de junho, em que crianças e adolescentes entre 8 e 14 anos passaram uma noite na biblioteca do Jardim Alvorada.

Outra iniciativa recente atendendo a solicitações da população local é o projeto “Obras de vestibular: Além da Leitura”, em que a biblioteca oferece debates com as obras catalogadas para o vestibular da UEM mediados por convidados especialistas.

Comparativos entre antes e depois da implantação do programa demonstram que as ações do programa Ler é Legal colaboraram para uma melhora da relação entre a população e a biblioteca e conseqüentemente, com os livros.

Até 2005, as cinco bibliotecas públicas juntas realizavam no máximo 44 atividades por ano, que totalizavam a participação de 2987 usuários. Com o Programa Ler é Legal, de 2006 à 2011 foram realizadas 2.819 atividades com a participação de 133.939 usuários, chegado a uma média de 563 ações ao ano com média 26.787 usuários por ano.